A Comissão de Rádio, Televisão e Telecomunicações do Canadá (CRTC na sigla em inglês) transformou ontem a internet de banda larga em “serviço fundamental” no país. A declaração coloca essa modalidade como central no programa de desenvolvimento de comunicações do governo.
Junto com a declaração, a comissão criou também um fundo para construir e fortalecer a infraestrutura de banda larga em áreas rurais e remotas do país. O fundo inicialmente contará com 750 milhões de dólares canadenses (cerca de R$ 1,85 bilhão).
Na mesma decisão, a comissão estabeleceu metas de levar conexões de alta velocidade para todo o país. Por “alta velocidade”, eles entendem 50 Mbps para download e 10 Mbps para upload – o que representa um aumento de dez vezes com relação às metas anteriores da comissão.
Conectando o país
“Essas metas são ambiciosas, não serão fáceis de se atingir e custarão dinheiro. Mas nós não temos escolha”, disse o presidente da comissão, Jean-Pierre Blais, segundo o Financial Post. “O futuro da nossa economia, da nossa sociedade, da nossa prosperidade – de fato, o futuro de todo cidadão – exige que estabeleçamos metas ambiciosas e nos empenhemos em conectar todos os canadenses para o século 21”, continuou.
Para atingir essas metas, além de criar o fundo, a comissão deixará de subsidiar serviços de voz e telefonia para alocar recursos em banda larga. Ela também pretende coletar cerca de 200 milhões de dólares canadenses (cerca de R$ 493 mil) em impostos das operadoras de banda larga.
Blais reconhece que esse imposto pode ser repassado aos consumidores, mas contra-argumenta: “Para coletar C$ 200 milhões, isso daria um aumento de preço de C$ 0,50 (cerca de R$ 1,23) por assinante por mês. Acho que esse é um preço que faz muito sentido ser pago para tornar o Canadá uma economia digital competitiva.”