Brasil libera participação da Huawei no leilão 5G

Veto da empresa estava em discussão por questão de segurança
Redação30/03/2020 14h53, atualizada em 30/03/2020 15h03

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O Brasil decidiu não vetar a participação da Huawei no leilão para determinar as empresas que vão participar da instalação da rede 5G no país. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) publicou na última sexta-feira (27) os requisitos de segurança cibernética exigidos. O GSI era considerado a última resistência aos chineses após terem mostrado a possibilidade de seus equipamentos pudessem comprometer a segurança de dados.

A liberação acontece apenas alguns dias após o presidente Jair Bolsonaro conversar com o mandatário chinês, Xi Jinping, após a crise diplomática instaurada após comentários de Eduardo Bolsonaro. O deputado era um dos que se mostrava publicamente contra a empresa chinesa na infraestrutura da tecnologia.

Um grande e importante opositor à Huawei é o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O americano afirma que utilizar equipamento chinês pode colocar a soberania dos clientes em risco. Isso levou o país a proibir as empresas nacionais a trabalhar com a Huawei, além de incentivar seus aliados a vetar a empresa nos leilões de 5G.

Apesar de nada proibir a participação da gigante chinesa, o recém assinado tratado militar com os Estados Unidos podem dificultar a entrada da Huawei no Brasil. O contrário também é valido. Se a empresa ganhar o leilão, a continuidade do acordo pode ser posta à prova. Além disso, o país confirmou a intenção de entrar na iniciativa América Cresce, contraponto ao investimento chinês em infraestrutura ao redor do mundo.

Em relação à participação das empresas da tecnologia 5G no Brasil, o país estabeleceu regras para evitar um grande domínio de uma só empresa. “As prestadoras de serviços deverão subcontratar fornecedores distintos, de forma que uma mesma área geográfica possua, pelo menos, duas prestadoras utilizando equipamentos de fornecedores distintos”, diz o texto do GSI.

O leilão, que é estimado para acontecer ainda em 2020, pode movimentar R$ 20 bilhões, três licenças nacionais e duas regionais. Além disso, são exigidos mecanismos de segurança de rede por camadas e a possibilidade de interoperabilidade em caso de problemas quem impossibilitem o funcionamento do serviço. Por fim, as operadoras vão se comprometer cível e criminalmente em caso de vazamento de dados pessoais.

Via: Folha de S.Paulo

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital