Apple Pay e Google Pay são seguros? Saiba como funcionam essas tecnologias

Renato Santino04/04/2018 19h24

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Aos poucos, a tecnologia de pagamentos por celular começa a desembarcar no Brasil. Google Pay, Apple Pay e até o Samsung Pay já estão dando as caras nos aparelhos por aqui, com mais estabelecimentos comerciais aceitando essa modalidade de pagamento e mais bancos oferecendo suporte a essa tecnologia.

Com tudo isso, resta uma pergunta: quão seguros são estes sistemas de pagamento pelo celular? De forma geral, sim, mas primeiro é necessário que você tenha confiança em cadastrar seu número de cartão de crédito em um serviço digital; se você é o tipo de pessoa que se recusa a realizar compras online com cartão de crédito, não há tecnologia que apresentemos aqui que te darão mais confiança no sistema.

Isso dito, sistemas de pagamento por celular mitigam bastante o risco de lidar com o “chupa-cabra”, o equipamento de clonagem de cartões que normalmente está instalado em algumas maquininhas. Isso porque graças à tecnologia envolvida no processo de pagamento, os dados do seu cartão em momento algum são compartilhados com a máquina, o que visa impedir justamente que essas informações caiam em mãos erradas.

Essa proteção acontece por meio de tokens, que são pedaços de códigos temporários que substituem o número convencional do cartão de crédito. Se por um acaso essa informação acabar interceptada por alguém com más intenções, ela provavelmente já não é mais útil, justamente por valer para apenas uma transação.

A Apple explica, por exemplo, que existe algo chamado DAN (sigla em inglês para número de conta do dispositivo), que serve como mediador entre o banco e o seu celular. Uma vez que você cadastra o seu cartão no Apple Pay, é gerado esse número identificador específico para o seu aparelho, e o número do cartão de crédito é apagado do banco de dados da empresa. Assim, basta compartilhar esse número e o token, e a transação é validada sem repassar em momento algum o número do seu cartão.

Existe também o temor de que você venha a perder o celular, o que permitiria ao ladrão realizar compras utilizando o seu smartphone. As chances de isso acontecer são muito remotas, pois os pagamentos realizados por sistemas como o Apple Pay e o Google Pay requerem autenticação biométrica. Isso significa que se você não estiver segurando o celular para colocar sua impressão digital, ou, no caso do iPhone X, não utilizar o Face ID para ter seu rosto reconhecido, a compra não será validada. Além disso, é possível contatar as empresas para que o aparelho seja desautorizado a fazer compras, o que é uma camada a mais de segurança.

Vale notar, no entanto: não existe sistema digital completamente seguro, e o fato de ninguém ter revelado uma grande falha capaz de abusar nestas tecnologias de pagamentos de celular até o momento não significa que elas não existam. No entanto, a sensação de risco pode vir do fato de que se trata de uma tecnologia nova; como dito anteriormente, não há como garantir que a maquininha onde você coloca o seu cartão não tem um chupa-cabra instalado, e até o dinheiro físico pode ser tirado de você se você tiver sua carteira roubada.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital