O escândalo da Cambridge Analytica teve um efeito inusitado. Mark Zuckerberg foi diretamente impactado no caso de apropriação indevida de dados dos usuários do Facebook, conforme ele mesmo revelou na segunda parte da sabatina diante do Congresso dos Estados Unidos.
Agora falando para os deputados americanos, Zuckerberg foi questionado se ele próprio teve seus dados coletados por meio do aplicativo “thisisyourdigitallife”, desenvolvido por Aleksandr Kogan, um pesquisador da Universidade de Cambridge, que vendeu as informações absorvidas à consultoria. Ele confirmou.
“Os seus dados estavam inclusos no pacote vendido a terceiros com más intenções? Os seus dados pessoais?”, perguntou a deputada Anna Eshoo. A resposta foi um “Sim”, embora não tenha elaborado a resposta.
Pelo fato de a resposta de Zuckerberg ter sido muito sucinta, não há detalhes sobre como ele foi impactado. Parece pouco provável que ele tenha realizado o teste de personalidade, sendo mais plausível a possibilidade de que algum de seus contatos tenha respondido o quiz.
Todo o escândalo gira em torno de um recurso que o Facebook aposentou em 2015. Na época, usuários de aplicativos que se conectassem à rede social compartilhavam não apenas os seus dados, mas também as informações de todos os seus amigos.
Diante dos senadores dos EUA na terça-feira, 10, Mark Zuckerberg também afirmou que a Cambridge Analytica não foi a única empresa a comprar as informações obtidas por Kogan. Outras empresas também adquiriram as informações de forma indevida.
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