Depois de a Autoridade Reguladora de Telecomunicações da Índia (TRAI) ter, na última semana, pedido para que a parceira do Facebook no país, a Reliance Communications, suspender temporariamente o acesso ao Free Basics, antigo Internet.org, para que seus termos e condições fossem analisados detalhadamente, Mark Zuckerberg escreveu um editorial de defesa do serviço em um jornal indiano.
O fundador do Facebook comparou o Free Basics com serviços como bibliotecas e hospitais públicos na coluna que escreveu para o The Times of Índia. Ele afirma que embora as bibliotecas não ofereçam todos os livros a serem lidos e os hospitais não curem todas as doenças, eles ainda providenciam “um mundo de coisas boas”.
Dessa forma ele sugere que não é apenas porque o seu serviço ofereça gratuitamente acesso a apenas um número limitado de sites, que ele não é um serviço público essencial. As maiores críticas ao Free Basics dizem que o serviço fere o princípio de neutralidade da rede ao não dar acesso a todos os sites, mas apenas alguns escolhidos pelo Facebook.
No editorial, Zuckerberg escreveu que não está surpreso com o criticismo ao Free Basics, pois durante o último ano houve um grande debate a respeito disso. “Ao invés de querer dar às pessoas acesso a alguns serviços básicos de internet de grala, as críticas ao programa continuam a espalhar alegações falsas, mesmo que isso signifique deixar para trás um bilhão de pessoas”, afirma ele.
Espera-se que o TRAI faça a sua decisão oficial em janeiro. Enquanto isso, o Facebook deverá continuar a fazer o seu lobby para que combater os críticos do Free Basics.