Youtuber que publicou vídeo com cadáver volta a faturar com anúncios do YouTube

Renato Santino27/02/2018 17h37, atualizada em 27/02/2018 17h40

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Durou pouco a punição do YouTube a Logan Paul, o produtor de conteúdo que se notabilizou nos últimos tempos por se envolver em polêmicas como publicar um vídeo de um cadáver de uma vítima de suicídio e dar choque em ratos. Foram apenas duas semanas de suspensão, durante as quais ele não pode receber dinheiro com anúncios em seu canal.

Agora, o YouTube voltou a remunerar Logan Paul, embora ele ainda esteja em um período de “condicional” de 90 dias, o que deve limitar um pouco sua capacidade de alcançar novos espectadores. Isso porque, neste período, seu canal não estará habilitado a ser recomendado para novos usuários do YouTube, de forma que seus vídeos não aparecerão na aba “Em Alta” nem serão sugeridos por meio de notificação.

Mesmo com esse período de provação, o fim da suspensão ao acesso ao dinheiro de anúncios do YouTube mostra que o bruto da punição já passou e ele vai continuar faturando pesado com o canal, mesmo com mais dificuldades de alcançar novos espectadores. Afinal de contas, seu canal ainda tem mais de 4,6 milhões de assinantes, o que por si só já é o bastante para garantir um bom faturamento com qualquer publicação.

Logan Paul, no entanto, diz ter entendido a punição e, junto com sua equipe, dizem ter analisado e compreendido as diretrizes de comunidade do YouTube, o que vai evitar que novas polêmicas possam surgir no futuro. No entanto, são seus próximos vídeos, e não suas declarações, que vão provar se ele realmente vai mudar seu comportamento.

O caso de Logan Paul teve um impacto profundo no YouTube, que se viu novamente diante de um caso grave de mal-comportamento de uma de suas principais estrelas. A empresa colocou em prática novas políticas que têm como objetivo impedir a monetização de conteúdo sensacionalista para alavancar o número de visualizações. Entre as medidas está a revisão do limite de quem pode ter acesso à rede de anúncios do YouTube: antes bastava ter 10 mil visualizações no canal; agora é necessário ter ao menos 1.000 inscritos, com um total de 4.000 horas de vídeo reproduzidas em um período de 12 meses.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital