YouTube começa a impedir canais pequenos de ganhar dinheiro com anúncios

Renato Santino20/02/2018 19h50, atualizada em 20/02/2018 20h30

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O YouTube começou a vetar a remuneração a canais pequenos na plataforma nesta terça-feira, 20. A decisão havia sido anunciada no mês passado, em um esforço para impedir que anunciantes tenham suas marcas associadas a canais que publicam conteúdo de baixa qualidade.

A partir de agora, a empresa limitará o ingresso ao YouTube Partner Program apenas a canais que tenham ao menos 1.000 inscritos e um total de 4.000 horas de visualizações acumuladas nos últimos 12 meses. A mudança não vale para quem ganha só pelo AdSense.

Até então, o YouTube havia limitado a plataforma a canais que contavam com 10 mil visualizações únicas, o que era muito mais fácil de ser alcançado. Quando anunciou a mudança, a empresa reconheceu que a mudança poderia prejudicar os canais menores, que terão muito mais dificuldade de monetizar seu conteúdo.

O foco da empresa não é impedir o crescimento de canais pequenos, no entanto, mas sim criar filtros para poder selecionar melhor quem pode ou não receber pela produção no YouTube. As novas “vão permitir que possamos melhorar significativamente nossa habilidade de identificar os criadores que contribuem positivamente para a comunidade e vai nos ajudar a direcionar mais receita com anúncios para eles (e para longe dos atores ruins)”.

As novas regras, disse o YouTube, “vão permitir que possamos melhorar significativamente nossa habilidade de identificar os criadores que contribuem positivamente para a comunidade e vai nos ajudar a direcionar mais receita com anúncios para eles (e para longe dos canais mal-intencionados)”. Além disso, a as mudanças “vão nos ajudar a evitar que vídeos potencialmente inapropriados sejam monetizados, o que prejudica a receita de todos”.

A mudança foi uma resposta do YouTube a uma sequência de polêmicas envolvendo canais famosos na plataforma. No ano passado, o sueco Felix Kjellberg (conhecido como PewDiePie), dono do maior canal do YouTube, perdeu parcerias com o Google e outros anunciantes após fazer piadas com o nazismo em alguns vídeos.

Já neste ano, a polêmica mais recente foi com o youtuber Logan Paul, que filmou o cadáver de uma possível vítima de suicídio em um de seus vídeos. O YouTube levou uma semana para responder à polêmica, tomando a atitude de cortar Paul de seu programa de monetização preferencial, o Google Preferred.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital