Uma das estreias mais esperadas pelos fãs de celulares foi anunciada na segunda-feira, 19, aqui no Olhar Digital: a volta da chinesa Xiaomi ao Brasil. Dessa vez, entretanto, a empresa vem para o país pelas mãos da DL Eletrônicos, que será sua representante oficial por aqui.
Um dos motivos para o estabelecimento da parceria foi justamente a grande demanda pelos aparelhos da marca no país. “Esse processo vem sendo negociado já há algum tempo e uniu o interesse das duas empresas”, explica Luciano Neto, gerente de produto da DL Eletrônicos. “Conhecemos a qualidade dos produtos da Xiaomi e sabemos da demanda por eles no mercado nacional. Como temos o canal de distribuição, decidimos apostar nessa parceria.”
Inicialmente, a empresa vai vender dois modelos de smartphone para os brasileiros: o Pocophone F1 e o Redmi Note 6 Pro. Os aparelhos vão estar disponíveis, neste primeiro momento, nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste a partir do início de março. Neto conta que a expansão dessa abrangência vai depender da reação do mercado.
Ainda não foi divulgado um planejamento de quais dispositivos podem seguir esses dois smartphones (a Xiaomi tem uma linha de produtos bastante diversa, que vai muito além dos celulares), mas já foram encontrados registros de homologação do Mi 6X — o que pode indicar que ele talvez seja o próximo modelo a chegar ao país.
A Xiaomi já esteve presente no Brasil, com estratégia própria, e acabou deixando o país pouco tempo depois. Neto explica que, desta vez, o plano é da DL Eletrônicos — e, sem dar detalhes, garante que o formato é diferente. E como ter certeza de que não vai haver uma desistência antes mesmo de o processo se efetivar (como já aconteceu com a Oppo, no fim do ano passado)? “Temos um documento público que comprova a homologação da parceria pela Anatel”, esclarece Neto. “A DL Eletrônicos tem a autorização oficial da Xiaomi.”
O que esperar de preço?
Os smartphones da Xiaomi são conhecidos pelos consumidores brasileiros por oferecerem qualidade a preço justo quando importados. A DL Eletrônicos ainda não estabeleceu o preço de venda dos modelos por aqui nesse formato oficial, mas já adianta que não há certeza de que vai conseguir oferecer os dispositivos por valores semelhantes aos encontrados, por exemplo, no Mercado Livre. “Estamos fazendo o processo de importação dentro das normas legais. Com isso, vão incidir todos os impostos cobrados no país. Vamos adotar a menor margem possível, mas não podemos garantir que teremos um preço equivalente ao dos canais não oficiais.”
E os aparelhos?
Os aparelhos foram escolhidos a partir de pesquisas da DL Eletrônicos para encontrar as melhores alternativas para o mercado nacional. “Partimos da configuração de 4GB de RAM e 64GB de armazenamento. A ideia é oferecer opções com vida útil adequada para que o usuário não tenha de trocar de dispositivo toda hora.”
A venda vai ocorrer, em um primeiro momento, em lojas físicas e os lotes serão pequenos. Neto diz que muitos brasileiros ainda não conhecem os produtos da marca e que a operação primeiro tem de superar essa etapa. Mesmo assim, aposta em uma demanda maior do que a oferta — apesar de não ter informações oficiais em relação à quantidade de aparelhos disponíveis para venda nem de outros modelos que devem ser trazidos ainda neste ano.
Segundo ele, o fato de a DL Eletrônicos ser a distribuidora oficial da Xiaomi no Brasil dá algumas garantias ao consumidor. “Todos os aparelhos serão genuínos e estarão em conformidade com a legislação brasileira — ou seja, serão homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) —, terão carregador com padrão nacional e passarão por adequações para o público local”, explica.
Além disso, os celulares terão garantia oficial de 1 ano (e, segundo Neto, a certeza de que haverá peças de reposição) e central de atendimento 0800. Neto conta que a equipe foi reforçada com especialistas no produto, mas não informa quantos novos profissionais foram contratados.
Tudo sobre os smartphones da Xiaomi que estão vindo ao Brasil
Pocophone F1
O Pocophone F1 foi o primeiro celular de uma submarca da Xiaomi. Ele conta com especificações técnicas acima da média a um preço consideravelmente abaixo dos rivais – lá fora, ele custa o equivalente a 300 dólares.
Confira a ficha técnica dele abaixo:
- Tela IPS LCD de 6,18 polegadas, Full-HD+ (2246 × 1080);
- Processador Snapdragon 845 de 2,8 GHz;
- 6 ou 8 GB de memória RAM;
- 64, 128 ou 256 GB de armazenamento, expansível até 256 GB com microSD;
- Bateria de 4.000 mAh;
- Câmera traseira dupla (12 MP, f/1.9 + 5 MP, f/2.0);
- Câmera frontal (20 MP, f/2.0)
- Android 9 Pie (MIUI 10)
-> Saiba mais sobre o Pocophone X1
Redmi Note 6 Pro
Anunciado em setembro, o Redmi Note 6 Pro se destaca por seu hardware de respeito, tela de 6,26 polegadas, e um total de quatro câmras – duas frontais e duas traseiras. Lá fora, ele custa o equivalente a US$ 215.
- Tela IPS LCD de 6,26 polegadas, Full-HD+ (2280 × 1080);
- Processador Snapdragon 636 de 1,8 GHz;
- 3, 4 ou 6 GB de memória RAM;
- 32 ou 64GB de armazenamento, expansível até 256 GB com microSD;
- Bateria de 4.000 mAh;
- Câmera traseira dupla (12 MP, f/1.9 + 5 MP, f/2.2);
- Câmera frontal dupla (20 MP, f/2.0 + 2 MP, f/2.2)
- Android 9 Pie (MIUI 10)
-> Saiba mais sobre o Redmi Note 6 Pro
Xiaomi Mi 6X
Um modelo intermediário com ‘tela infinita’, o Mi 6X ofere boa potência a um preço não muito alto. Ele usa processador Qualcomm Snapdragon 660 e pode ter 4 GB ou 6 GB de RAM, com opções de 64 GB ou 128 GB de armazenamento interno e bateria de 3.010 mAh e, lá fora, custa cerca de US$ 250 lá fora.
Confira a ficha técnica do Mi 6X:
- Tela IPS LCD de 5,99 polegadas, Full-HD+ (2160 × 1080);
- Processador Snapdragon 660/
- 4 ou 6 GB de memória RAM;
- 32, 64 e 128GB de armazenamento, expansível até 256 GB com microSD;
- Bateria de 4.000 mAh;
- Câmera traseira dupla (12 MP, f/1.9 + 20 MP, f/1,8);
- Câmera frontal (20 MP, f/1.8)
- Android 8.1 Oreo (MIUI 9.5)