Se você está pensando em importar um aparelho da Xiaomi por revendedores como GearBest ou AliExpress, fique ligado. A empresa chinesa começou a bloquear a instalação de ROMs globais nos modelos locais, feitos para a China, que vêm com a versão da MIUI sem os aplicativos e recursos do Google – e também sem opções de idiomas além de chinês e inglês.
O anúncio foi feito no fórum da marca dedicado à sua interface customizada do Android, sem dar detalhes sobre aparelhos e versões afetadas. Entramos em contato com a Xiaomi para saber mais e atualizaremos a notícia quando tivermos uma resposta.
De toda forma, a recomendação dada pela companhia é para que os clientes só adquiram novos modelos da Xiaomi por meio de canais oficiais ou autorizados no país. Como não há algo do tipo aqui no Brasil, a dica é prestar atenção na descrição do produto – e até conferir duas vezes com o revendedor – para saber se a versão da ROM que vem instalada é de fato a global. Caso ela não seja, o usuário não conseguirá fazer o flash do aparelho para substituir a chinesa.
Mais dificuldades
Apesar de ser a mais drástica, esta não é a primeira medida tomada pela empresa para dificultar a vida de quem quer trocar a ROM do smartphone. Como lembra o site espanhol Xataka, desde a versão 8.7.5 do beta global da MIUI 10, lançada em julho deste ano, não é mais possível voltar para uma edição anterior da interface sem transformar o aparelho em um tijolo (brickar).
O processo de destravar o bootloader do dispositivo – necessário para instalar uma ROM personalizada – também ficou mais difícil com a medida. Para fazer o procedimento, é preciso receber uma autorização da Xiaomi no software Mi Unlock, o que pode demorar alguns dias.
Ainda que impopulares, as medidas, segundo a empresa, foram tomadas para evitar a instalação de eventuais malwares e adwares por importadores mal-intencionados – algo que, de acordo com a marca, acontecia com certa frequência.