Xerox, empresa que já foi líder no setor de hardware de impressão e que se tornou sinônimo de cópias impressas, já não vive mais dias de glória. A companhia foi comprada pelo grupo Fujifilm, do Japão, por US$ 6,1 bilhões, noticiou nesta semana a Bloomberg.

Os acionistas atuais da Xerox vão receber US$ 9,80 por ação, de modo que a Fujifilm vai se tornar acionista majoritária dona de 50,1% da empresa. Na prática, a Xerox perde sua independência após mais de 100 anos de história.

As duas empresas já são parceiras em partes da Ásia há mais de 50 anos. Fruto desse empreendimento conjunto, a chamada Fuji Xerox passa a ter uma previsão de receita anual de US$ 18 bilhões, enquanto cerca de 10 mil empregos serão cortados do conglomerado. A Xerox valia US$ 8,3 bilhões antes da compra.

Além de fabricar as copiadoras mais famosas do mundo e de ver seu nome transformado em verbo, a Xerox também teve uma participação importante na história da computação. Foi no seu departamento de pesquisa e desenvolvimento de Palo Alto, o Xerox PARC, que Steve Jobs conheceu a interface gráfica guiada por mouse.

Mais tarde, essa tecnologia seria usada no sistema operacional do Macintosh e no Windows, tornando o uso de computadores domésticos mais simples e acessível. Numa entrevista de 1995, Jobs (que já não trabalhava mais na Apple) disse que se apropriou de uma ideia mal explorada pela Xerox.

Mas, segundo ele, se a empresa tivesse apostado de forma mais efusiva nas descobertas da sua equipe de pesquisadores, teria vencido a Apple e a Microsoft na corrida pelo computador pessoal do futuro. “Ela teria sido tão grande quanto a IBM”, disse Jobs na entrevista em questão.