Western Digital está desenvolvendo HDs de 40 TB com gás hélio e microondas

Redação16/10/2017 12h15, atualizada em 16/10/2017 12h56

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A Western Digital, uma empresa especializada em produzir dispositivos de memória e armazenamento, anunciou na semana passada que está desenvolvendo HDs com até 40 TB de capacidade. Para atingir esse nível de densidade de armazenamento, a empresa utilizará uma tecnologia de gravação magnética com o auxílio de microondas (MAMR, na sigla em inglês).

Essa tecnologia, conforme aplicada pela empresa, utiliza um dispositivo chamado de “spin torque oscillator” (oscilador de torque de rotação) para gerar um campo de microondas dentro do HD. Com o auxílio desse campo, a cabeça de gravação consegue gravar dados com mais precisão no disco magnético, permitindo que mais informação seja armazenada na mesma área. No total, ela deve permitir a gravação de até quatro terabits por polegada quadrada de área.

Não se trata, segundo o Geek.com, de uma tecnologia nova. Ela foi desenvolvida por Jimmy Zhu, um pesquisador da Universidade Carnegie Mellon, em 2007 (pdf). No entanto, ela só está se tornando aplicável a partir de agora. Segundo a empresa, ela poderá ser refinada para permitir um aumento de 15% na quantidade de informação gravada por área a cada ano – sem acréscimo de custo. É apenas graças a essa tecnologia que o aumento da capacidade dos HDs pode continuar sem que eles aumentem de tamanho.

Microondas e muito mais

Para chegar a um HD de 40 TB, no entanto, a empresa pretende usar outras tecnologias ao lado da MAMR. Por exemplo, eles devem preencher os HDs com gás hélio, da mesma maneira que a linha de HDs Ultrastar que a empresa anunciou no final do ano passado.

O hélio substitui o ar com o qual os HDs costumam ser preenchidos. E como ele é sete vezes menos denso que o ar, ele permite que mais discos magnéticos sejam colocados em cada dispositivo de armazenamento. Além disso, o hélio também provoca menos atrito com os discos do que o ar; dessa forma, os discos conseguem girar mais rapidamente, gastam menos energia, e esquentam menos.

Fora isso, a empresa também precisará aplicar uma série de tecnologias para conseguir colocar 40 TB em um HD de tamanho convencional. Por exemplo, os discos magnéticos serão feitos com um material mais adequado para gravação auxiliada por microondas. E as cabeças de leitura e gravação dos HDs também serão redesenhadas para conseguir ler e escrever com mais precisão sobre os discos.

Tudo isso, no entanto, está mais perto do que parece. Segundo a empresa, os primeiros HDs com a tecnologia MAMR devem chegar ao mercado em 2019. Ainda não se sabe quanto eles custarão, mas o preço deve ser bem elevado. Mas vale notar que eles provavelmente não serão voltados para consumidores finais. Seu principal mercado deverá ser os data centers ou empresas que gerenciam muitos servidores, cujos serviços dependem dessa grande quantidade de dados.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital