A rede Walmart anunciou hoje (10) o fechamento de seu marketplace, a plataforma virtual na qual eram comercializados produtos de terceiros. Com isso, a empresa sai do comércio eletrônico — ao menos por enquanto, mas um retorno futuro ao e-commerce não é descartado. A intenção principal, por ora, é se concentrar em lojas físicas, tanto de varejo como de atacado.

Dois anos atrás, em 2017, a varejista já tinha encerrado a operação de comércio eletrônico, em que vendia seus próprios produtos. Havia 3 mil companhias no marketplace e a operação empregava 90 pessoas. De acordo com o Walmart, as vendas nesse serviço eram tão pequenas que não se comparavam nem às de um hipermercado de baixo desempenho. A opção pela não continuidade da operação foi a saída encontrada e resultou na dispensa de 70 trabalhadores. 

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A decisão da companhia de centralizar a atuação em lojas físicas remete ao plano de recuperação da rede varejista, que começou a ser implantado quando o fundo norte-americano Advent passou a controlar a rede no Brasil, em junho do ano passado. Com a compra de 80% da varejista, o fundo pretende investir R$ 1,9 bilhão até 2021 para reerguê-la. Em crise, a última vez que a rede divulgou seu faturamento foi em 2017, quando as vendas somaram R$ 28,1 bilhões.

De acordo com o diretor de atacado do Walmart, Beto Alves, a empresa quer voltar ao ‘atacarejo’ com a bandeira Maxxi totalmente remodelada. Até o fim do ano que vem, dez hipermercados com mau desempenho serão convertidos em atacarejo. Outros dez serão transformados em clube de compras com a bandeira Sam’s Club. A meta da companhia é manter cerca de cem hipermercados em funcionamento.

Fonte: UOL