A Volkswagen constrói cerca de 10 milhões de carros por ano. A empresa é detentora de marcas como Audi, Porsche e Bugatti. A empresa, mesmo com números excelentes de montagens por ano e marcas consideradas símbolos de status, está criando um novo sistema de softwares para seus automóveis. 

“Atualmente, o software é extremamente complexo. Cada função está conectada a tudo – no carro, na nuvem, com os revendedores – e vemos que muitos projetos estão com problemas. A cadeia de processos não é mais estável; há muito mais. ineficiência nesse processo”, disse Christian Senger, responsável pela divisão Digital Car and Services do VW Group. 

“Hoje, construímos mais de 10 milhões de carros por ano. Mas eles rodam em aproximadamente oito arquiteturas eletrônicas diferentes. Na engenharia mecânica, eu nos chamaria de campeão de plataformas. Definimos como a industrialização global de marcas e mercados realmente funciona. Em software, não há razão para ter oito arquiteturas diferentes”, disse, contrastando a situação atual da Volkswagen com o Android OS. 

Consequentemente, o Grupo Volkswagen adotará agora uma abordagem semelhante ao software, consolidando tudo em um novo sistema interno, semelhante à maneira como os serviços financeiros ou o Moia, considerado a nova marca do grupo para a nova era da mobilidade, existem ao lado de marcas de veículos individuais. Isso quer dizer que, no futuro, um único sistema operacional automotivo unificado funcionará em tudo, desde um Polo VW até um Audi A8. 

Senger também revelou que eles utilizarão o Android para versões futuras da plataforma de informação e entretenimento MIB, em grande parte por causa do crescente mercado de aplicativos de terceiros com esse SO versus Linux. “Acho que precisamos nos abrir. Então o Android chegará em carros, dando aos clientes acesso a esse enorme ecossistema”, concluiu. 

Fonte: Ars Technica