A Virgin Galactic finalmente marcou o terceiro voo suborbital de sua espaçonave, a VSS Unity. Segundo a empresa, a janela de oportunidade se abre em 11 de dezembro, mas uma data exata depende do clima e disponibilidade técnica.
A VSS Unity já foi ao espaço duas vezes, em dezembro de 2018 e fevereiro de 2019. Estes voos, no entanto, decolaram do Mojave Air and Spaceport em Mojave, na Califórnia. Em fevereiro deste ano a espaçonave foi deslocada para o Spaceport America, no Novo México, de onde a empresa espera operar voos turísticos suborbitais já a partir de 2021.
Segundo a empresa, entre os objetivos do voo está o teste de elementos da cabine dos passageiros, avaliação dos novos estabilizadores horizontais da nave e dos controles de voo durante a fase propulsada da viagem. A missão também carregará experimentos para a Nasa, como parte do Flight Opportunities Program.
Devido às condições de segurança impostas pela Covid-19 nem jornalistas, nem convidados, estarão presentes durante o teste. A Virgin Galactic afirma que “apenas funcionários essenciais estarão no local para apoiar operações pré-voo”.
Michael Colglazier, CEO da Virgin Galactic, afirma “embora mídia e convidados não sejam permitidos no local, nossa equipe se empenhará em captar belas imagens e compartilhá-las com o mundo após a conclusão do voo. Estamos ansiosos para concluir nas próximas semanas este marco importante em nosso programa de testes”.
Como será um voo da Virgin Galactic
Uma missão da VSS Unity não é como o lançamento de um foguete da SpaceX. A espaçonave decola presa a uma “nave mãe” chamada VMS Eve, que a leva a uma altitude de 50 mil pés (cerca de 15 km) antes de soltá-la.
Segundos após ser libertada, a VSS Unity aciona seus foguetes e sobe a uma altitude de mais de 80 km antes de retornar à Terra e pousar como um avião convencional. No ápice da trajetória, os passageiros irão experimentar momentos de gravidade zero.
De acordo com a Federação Aeronáutica Internacional (FAI) o espaço começa a 100 km de altitude, limite conhecido como a Linha Kármán. Porém, nos EUA, qualquer pessoa que ultrapasse uma altitude de 80 km é considerada um astronauta.
600 “futuros astronautas” já reservaram assentos em voos futuros da Virgin Galactic, e cada um deve custar ao menos US$ 250 mil (cerca de R$ 1,3 milhão em conversão direta) por cliente. No ano passado a empresa divulgou os trajes que serão usados por turistas, e recentemente apresentou o design da cabine de passageiros.