Virgin Galactic marca data para novo voo suborbital de sua espaçonave

Por Rafael Rigues, editado por Liliane Nakagawa 02/12/2020 16h13, atualizada em 17/06/2024 02h07

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Voo suborbital da VSS Unity, da Virgin Galactic

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A Virgin Galactic finalmente marcou o terceiro voo suborbital de sua espaçonave, a VSS Unity. Segundo a empresa, a janela de oportunidade se abre em 11 de dezembro, mas uma data exata depende do clima e disponibilidade técnica.

A VSS Unity já foi ao espaço duas vezes, em dezembro de 2018 e fevereiro de 2019. Estes voos, no entanto, decolaram do Mojave Air and Spaceport em Mojave, na Califórnia. Em fevereiro deste ano a espaçonave foi deslocada para o Spaceport America, no Novo México, de onde a empresa espera operar voos turísticos suborbitais já a partir de 2021.

Segundo a empresa, entre os objetivos do voo está o teste de elementos da cabine dos passageiros, avaliação dos novos estabilizadores horizontais da nave e dos controles de voo durante a fase propulsada da viagem. A missão também carregará experimentos para a Nasa, como parte do Flight Opportunities Program.

Devido às condições de segurança impostas pela Covid-19 nem jornalistas, nem convidados, estarão presentes durante o teste. A Virgin Galactic afirma que “apenas funcionários essenciais estarão no local para apoiar operações pré-voo”.

Michael Colglazier, CEO da Virgin Galactic, afirma “embora mídia e convidados não sejam permitidos no local, nossa equipe se empenhará em captar belas imagens e compartilhá-las com o mundo após a conclusão do voo. Estamos ansiosos para concluir nas próximas semanas este marco importante em nosso programa de testes”.

Cabine de passageiros da VSS Unity. Imagem: Virgin Galactic

Como será um voo da Virgin Galactic

Uma missão da VSS Unity não é como o lançamento de um foguete da SpaceX. A espaçonave decola presa a uma “nave mãe” chamada VMS Eve, que a leva a uma altitude de 50 mil pés (cerca de 15 km) antes de soltá-la.

Segundos após ser libertada, a VSS Unity aciona seus foguetes e sobe a uma altitude de mais de 80 km antes de retornar à Terra e pousar como um avião convencional. No ápice da trajetória, os passageiros irão experimentar momentos de gravidade zero.

De acordo com a Federação Aeronáutica Internacional (FAI) o espaço começa a 100 km de altitude, limite conhecido como a Linha Kármán. Porém, nos EUA, qualquer pessoa que ultrapasse uma altitude de 80 km é considerada um astronauta.

600 “futuros astronautas” já reservaram assentos em voos futuros da Virgin Galactic, e cada um deve custar ao menos US$ 250 mil (cerca de R$ 1,3 milhão em conversão direta) por cliente. No ano passado a empresa divulgou os trajes que serão usados por turistas, e recentemente apresentou o design da cabine de passageiros.

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital

Liliane Nakagawa é editor(a) no Olhar Digital