A Virgin Atlantic, uma das maiores companhias aéreas do Reino Unido, não resistiu ao impacto no setor causado pela pandemia do novo coronavírus. Na semana passada, a empresa disse durante uma audiência em Londres que ficaria sem dinheiro em setembro. No entanto, a crise se antecipou e, na terça-feira (4), a empresa fundada pelo bilionário Richard Branson entrou com pedido de falência.
Segundo informações do Business Insider, a companhia aérea deu entrada no capítulo 15 em Nova York, uma forma de falência projetada para casos que envolvem vários países. Ele protege efetivamente os ativos da Virgin nos EUA dos credores, enquanto um tribunal do Reino Unido supervisiona as reivindicações.
O fundador da Virgin Atlantic, Richard Branson. Foto: Getty Images
Nem mesmo a Delta, que detém 49% da companhia, pode salvá-la, pois as leis de propriedade estrangeira do Reino Unido impediriam a empresa ou qualquer outro investidor estrangeiro de aumentar sua participação.
Crise na pandemia
Mesmo com queda na demanda de passageiros por conta da pandemia, uma norma europeia obrigou que empresas operassem voos para garantir vagas em aeroportos. A Virgin Atlantic foi uma delas, chegando a realizar, em março, voos com até 60% dos assentos vazios.
Em abril, a companhia suspendeu todas as operações, quando a pandemia do coronavírus provocou um colapso na demanda de viagens. A empresa retomou os voos em julho e chegou a anunciar um pacote de resgate privado de 1,2 bilhão de libras ( US$ 1,57 bilhão), mas não finalizou o acordo.
Anteriormente, a companhia aérea chegou a pedir, sem sucesso, um resgate do governo britânico. Branson também ofereceu sua ilha particular como garantia para um resgate ou empréstimo.
Via: Exame