A Waymo, empresa que nasceu no quintal do Google e que hoje atua separadamente dentro do conglomerado Alphabet, divulgou nesta quarta-feira, 28, um vídeo em 360 graus que mostra como é dar uma volta em um de seus carros autônomos.

O vídeo de pouco mais de três minutos também explica alguns detalhes a respeito do funcionamento desses veículos. O objetivo da Waymo é reduzir a desconfiança do público enquanto a empresa se prepara para lançar um serviço de transporte privado nos Estados Unidos.

Em inglês, a narração do vídeo explica em termos gerais como funciona um carro autônomo. A principal tecnologia empregada é o Lidar, um sensor que identifica objetos e movimentos em 360 graus a partir de pulsos de luz infravermelha. É como um radar, mas com luz no lugar de rádio.

Há também radares no carro autônomo da Waymo, que ajudam a identificar a distância entre o veículo e obstáculos na pista, incluindo outros carros, pedestres e o meio-fio. Câmeras de alta definição também servem para identificar a cor acesa em cada semáforo.

Além disso, um conjunto de algoritmos de inteligência artificial permite que o carro preveja a trajetória de outros objetos no caminho. O veículo consegue se antecipar a um pedestre prestes a atravessar a rua ou a um carro prestes a virar num cruzamento, por exemplo.

Chama a atenção o fato de que, no vídeo, não há qualquer pessoa no banco do motorista do carro. Embora o veículo saiba dirigir sozinho, é comum que a Waymo deixe um motorista de emergência a bordo pronto para tomar o controle do volante quando necessário.

Ao The Verge, um porta-voz da Waymo disse que, durante a filmagem, de fato havia um motorista, que foi apagado digitalmente na pós-produção. No entanto, a empresa garante que ele não tocou no volante, e que toda a direção do carro foi verdadeiramente autônoma.

Além disso, a Waymo disse que seus carros já percorreram 8 milhões de quilômetros sem motorista nos EUA. A empresa levou seis anos para alcançar o primeiro milhão, mais seis meses para chegar a 4 milhões e outros três meses para bater os 8 milhões.