Os Correios costumam ser um alvo fácil de críticas do público especialmente pela demora nas entregas das compras internacionais, além de múltiplos anos acumulando prejuízos. Diante disso, o clamor pela privatização da estatal tem sido forte, mas pelo menos a princípio, o novo governo não pretende colocar o tema em pauta.
A declaração veio de Hamilton Mourão, presidente em exercício com a viagem de Jair Bolsonaro a Davos. Ele foi questionado sobre o tema quando chegava ao Palácio do Planalto e afirmou não ser a favor da privatização dos Correios “por enquanto”.
A estatal tem papel chave nas entregas de compras online em marketplaces e importações de eletrônicos. Nos últimos anos, os Correios sofreram com prejuízos bilionários, até finalmente registrar lucro líquido de R$ 163 milhões em agosto deste ano. Mesmo assim, há quem acredite que a empresa deva ser privatizada.
A declaração de Mourão vem na esteira do que havia falado o astronauta brasileiro Marcos Pontes, que assumiu o posto de ministro da Ciência e Tecnologia. Durante o período de transição, ele já havia dito que a privatização da empresa “não está na pauta” da equipe de governo “por enquanto”. O ministro não quis dar mais detalhes sobre o assunto na ocasião.
Vale notar, no entanto, que não seria surpresa se o tema viesse a ser tratado mais para frente pelo Governo Federal. Paulo Guedes, ministro da Economia, defende com firmeza a venda de estatais como plano de governo, então o tema pode vir a entrar na pauta mais para frente do mandato.
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