Versões ‘alternativas’ do WhatsApp crescem em popularidade na África

Em alguns países, como na Nigéria, Quênia e África do Sul, apps como o GBWhatsApp são mais acessados do que o Facebook. Três versões do WhatsApp estão entre os 10 apps mais utilizados nessas regiões
Renato Mota10/03/2020 15h35

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Com mais de 1,5 bilhão de usuários ativos mensais, o WhatsApp é o aplicativo de mensagens mais popular do mundo. Dada a sua popularidade, existem diversos apps que trazem recursos adicionais e extra-oficiais para o mensageiro de forma a burlar suas limitações. Relatórios recentes mostram que aplicativos não oficiais do WhatsApp estão ganhando popularidade em algumas regiões.

No mercado africano, o GBWhatsApp é mais popular que aplicativos como o Facebook. Os usuários buscam recursos como bloqueio de senha para determinadas conversas ou poder visualizar o status de um contato – mesmo que ele tenha desativado essa opção.

“Eles são obviamente um grande atrativo para muitas pessoas, porque você pode fazer muitas coisas com elas que não pode fazer com o WhatsApp”, afirma Bryan Pon, co-fundador da Caribou Data, uma empresa de análises e insights focada em mercados emergentes.

Segundo um relatório da Yomi Kazeem, essas versões alternativas ​​não estão disponíveis nas lojas oficiais de aplicativos. As pessoas baixam esses “mods” de fontes não oficiais ou os compartilham offline de dispositivo para dispositivo. O motivo principal dele não estar na Play Store é que a loja do Google não permite a entrada de apps que usem o código-fonte de um outro programa sem sua autorização.

Outro critério rigoroso e seguido na Play Store, é que qualquer app que não respeite a sua privacidade é imediatamente rejeitado. Além disto, se ele conter algum vírus, não conseguirá a sua aprovação para estar na loja virtual.

A Caribou Data analisou mais de 230 milhões de sessões de aplicativos na Nigéria, Quênia e África do Sul – três dos maiores mercados de internet móvel da África – mostrou que o GB WhatsApp era o segundo aplicativo de mensagens sociais mais usado apenas atrás da versão oficial do WhatsApp.

No total, as mensagens de mídia social representaram cerca de 40% da atividade de uso no universo de 15 mil aplicativos rastreados. E três versões diferentes do WhatsApp estavam entre os dez aplicativos de mensagens mais usados.

Diferente do que ocorre no aplicativo oficial, que é aprovado pela Play Store e segue critérios de segurança, não existe controle de quem desenvolve o GBWhatsApp, e desta forma não tem como garantir que o conteúdo de suas conversas e outros dados estejam seguros, podendo sofrer interceptações. Outro agravante ainda nesta mesma questão é a possibilidade de ele trazer vírus ou algo malicioso em seu código.

Via: Quartz Africa/GizChina

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital