Saíram os tão aguardados resultados da Apple, e eles são melhores do que os analistas imaginavam, mas piores do que a empresa gostaria. Ao contrário do esperado, não houve uma queda no número de iPhones vendidos no último trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior. Mas também não houve aumento. As vendas ficaram praticamente estagnadas pela primeira vez em muitos anos.

Os números divulgados pela Apple mostra que a empresa vendeu, no período de três meses entre 26 de setembro e 26 de dezembro de 2015, 74,779 milhões de unidades do iPhone. O número deixa a desejar em comparação com o mesmo período de 2014, quando foram registradas 74,468 milhões de unidades vendidas. O resultado é um crescimento minúsculo de 0,4% (a Apple arredonda para 0%). Para comparação, de 2013 para 2014 o crescimento em vendas do iPhone foi de 46%.

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O iPhone é o produto que faz da Apple a empresa mais valiosa do mundo em capitalização de mercado. O smartphone representa mais da metade de TODO o faturamento da empresa, que não é pequeno (neste trimestre, as receitas ficaram em US$ 75,9 bilhões). Se suas vendas começarem a cair, a empresa pode ficar em maus lençóis diante de seus investidores. Neste momento, não há nenhuma outra linha de produtos capaz de substituir o que o iPhone representa para a Apple.

Quem mais se aproxima do iPhone é o iPad, que está longe de render o mesmo que o celular. Enquanto o smartphone gerou US$ 51,6 bilhões no último trimestre, o tablet foi responsável por apenas US$ 7 bilhões.

E a tendência é que a diferença de rentabilidade aumente nos próximos trimestres. Isso porque o iPad viu seu volume de vendas diminuir mais uma vez, contabilizando mais de um ano de quedas. Foram 16,1 milhões de unidades vendidas, contra 21,4 milhões no mesmo período de 2014, com uma queda de 25% em vendas, mesmo com a introdução do iPad Pro.

Os Macs também não tiveram um resultado muito bom, mas mantiveram a oscilação convencional. Foram vendidos 5,3 milhões de computadores Mac, contra 5,5 milhões do ano anterior, com uma queda de 4% em vendas.

No geral, o resultado da Apple, ainda que não tenha apresentado grande crescimento, ainda é impressionante. A empresa ainda teve o melhor trimestre de sua história, com receita recorde de US$ 75,9 bilhões e lucro, também recorde, de US$ 18 bilhões. No entanto, os investidores e analistas estão preocupados com o futuro da empresa, e não o presente. E, neste momento, a perspectiva dos próximos meses é negativa.