Vendas de bicicletas e motos elétricas explodem em 2020

Empresas como as norte-americanas Rad Power Bikes triplicaram as vendas em relação a 2019; busca por alternativas ao superlotado transporte público durante a pandemia é um dos motivos
Rafael Rigues11/09/2020 15h12

20200911122024

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A pandemia de Covid-19 provocou uma mudança na mentalidade da população, que tem buscado alternativas ao superlotado transporte público para se locomover pelas grandes cidades.

Isso levou a uma enorme demanda por veículos elétricos sobre duas rodas como bicicletas e motocicletas, devido ao seu baixo custo e praticidade, e consequentemente a uma explosão no mercado em países como a Europa e os EUA.

A Energica, principal fabricante italiana de motocicletas elétricas, divulgou recentemente que as vendas nos primeiros oito meses de 2020 foram mais de 200% de todas as suas vendas em 2019, com mais de € 4,3 milhões em receita neste ano, até agora. Isso coloca a empresa no caminho para triplicar suas vendas de 2019 até o final deste ano.

O maior fabricante de bicicletas elétricas dos EUA, a Rad Power Bikes, também está a caminho de mais do que triplicar suas vendas de 2019, com uma receita projetada de US$ 250 milhões em 2020. Na verdade, a empresa cresceu tanto que seu CEO, Mike Radenbaugh, estima sua participação no mercado norte-americano em impressionantes 25%, com os outros 75% espalhados por pelo menos 100 outras empresas. Ou seja, todos os concorrentes estão apenas lutando pelo segundo lugar.

Reprodução

Lectric XP, bicicleta elétrica da Lectric e-Bikes. Foto: Lectric e-Bikes.

A Lectric E-Bikes não tem muitos anos de operações como a Rad Power Bikes, mas a startup de bicicletas elétricas ainda mostrou um crescimento explosivo após o início das vendas no verão passado.

Em pouco mais de um ano, o sucesso de sua e-bike Lectric XP, vendida por US$ 899, elevou o fabricante de uma empresa de garagem para cerca de US$ 25 milhões em receita, tornando-a um grande player na indústria de bicicletas elétricas.

Radenbaugh, explicou recentemente à NPR que ele não vê essa mudança no mercado como um pico temporário, mas sim como o novo normal:

“Acreditamos que ‘a ficha caiu’ e as e-bikes estão sendo vistas como uma ferramenta para as massas. […] o trabalho que estamos fazendo agora é todo sobre planejamento para a demanda futura. Não se trata de planejamento para os pedidos do próximo verão, trata-se de planejar os pedidos para daqui a 10 anos”, disse.

Fonte: Electrek

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital