Vem aí um novo formato de imagens para derrubar o JPEG

Renato Santino19/01/2018 16h45, atualizada em 19/01/2018 16h50

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Há quantos anos você ouve falar em arquivos JPG? O formato já era utilizado nos primórdios da web comercial nos anos 1990, vivendo há mais de 20 anos como o principal método de compressão de imagens do público. No que depender de Google, Mozilla e outras empresas, isso pode mudar dentro de algum tempo.

Como aponta o site CNET, as duas empresas lideram um novo projeto dentro da Alliance for Open Media (AOMedia), uma coalisão de gigantes da tecnologia em prol da de novos formatos de compressão de imagens, principalmente vídeo. O grupo desenvolve a tecnologia AV1, para vídeo, que está em fase de adaptação para também melhorar as fotos.

O grupo não é o único a tentar substituir o JPG. A Apple também revelou no ano passado o seu próprio formato chamado de HEIC, que já foi implementado com o iOS 11, que permite fotos duas vezes mais leves que o JPG sem perda de qualidade. No entanto, a ideia da AOMedia parece um pouco mais promissora. Tim Terriberry, engenheiro da Mozilla, no entanto, diz que o projeto da AOMedia, que ainda não tem um nome, consegue imagens 15% mais leves do que o HEIC sem perda de qualidade.

O JPG é extremamente popular na web, mas está ultrapassado. Ele cria arquivos desnecessariamente grandes, como é possível ver com os resultados obtidos com o AV1 e o HEIC, além de fracassar quando o assunto é qualidade. Ele falha ao lidar com níveis de brilho distintos, tons escuros, um espectro amplo de cores e elementos gráficos como textos e logos.

Os benefícios da substituição são grandes. Primeiro, se poderia guardar mais fotos no seu celular sem precisar descarrega-las para a nuvem; segundo, se o que você valoriza é qualidade em vez de tamanho, você poderia guardar imagens de alta definição ocupando menos espaço.

Além do usuário final, empresas de tecnologia se beneficiariam demais de um novo formato de compressão de alta qualidade ocupando pouco espaço. Os custos de armazenamento e de banda cairiam rapidamente pela metade para um serviço como o Instagram ou o 500px, que dependem de guardar e exibir imagens frequentemente.

O apoio de grandes empresas de tecnologia pode ajudar as imagens baseadas no AV1 a se popularizarem na web, mas o fato é que para isso será necessário primeiro eliminar o JPG, o que não será tarefa fácil.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital