Veja como se sai o novo Gorilla Glass do Galaxy Note 20 em um teste de resistência

Aparelho utiliza nova tecnologia que promete mais resistência a quedas e riscos, mas até que ponto?
Renato Santino26/08/2020 01h37

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O Galaxy Note 20 da Samsung é um dos primeiros aparelhos a fazer uso do novo Gorilla Glass Victus, tanto na parte frontal quanto traseira do dispositivo. Mas quão resistente realmente é o vidro para encarar os desafios do cotidiano?

O teste foi realizado pelo site CNET, que mostra resultados positivos em todos os aspectos, com melhorias em questão de resistência, mas o aparelho ainda está longe de ser invencível.

No primeiro experimento, mais simples, o aparelho saiu ileso do “teste da bolsa”. A ideia é simples: o aparelho aguenta ser colocado na bolsa junto de tantos objetos pontiagudos e metálicos, como chaves, canetas, moedas e outros objetos que podem riscar vidros mais delicados. Os resultados foram bons. Mesmo depois de chacoalhar a bolsa, o vidro saiu ileso.

O teste seguinte já foi mais agressivo. O aparelho foi esfregado repetidamente sobre um pedaço de piso de cerâmica. O teste tem como objetivo simular uma situação em que o aparelho cai no chão e desliza. Neste caso, o vidro não resistiu tão bem e apresentou riscos no centro do display e no canto.

Com a tela devidamente riscada, o próximo passo foi aumentar o nível de violência contra o aparelho. O aparelho foi esfregado, tanto com a tela quanto com sua parte traseira, em uma lixa. O teste com a traseira foi mais desafiador, já que o volume da câmera impede que o aparelho seja esfregado igualmente, mas ainda assim ele demonstrou marcas profundas após as duas sessões com a lixa, o que não chega a ser uma surpresa. No entanto, pesa ao seu favor o fato que o acabamento fosco na traseira fez com que os riscos não ficassem tão evidentes, o que não é comum com vidro.

Enfim, chegou a hora de fazer os testes de queda. No primeiro, o aparelho foi solto a uma altura de 1 metro com a tela para baixo na calçada e já deu o primeiro sinal de fragilidade. Durante a queda, o aparelho girou no ar e acabou pousando em um de seus cantos, causando o primeiro dano no cantinho do painel. Não afetou o funcionamento da tela, no entanto. Já quando a traseira estava virada para baixo a 1 metro de altura, no segundo teste, a sorte não foi a mesma. As rachaduras ficaram bastante evidentes na traseira. No teste final, o aparelho foi solto a uma altura de 2 metros, caindo com a tela no chão. Desta vez, a tela rachou por inteiro, apesar de continuar funcionando normalmente.

A conclusão é que, apesar dos danos, o aparelho resistiu bem aos testes mais próximos da rotina de um usuário normal. Não é comum deixar um celular cair de mais de 2 metros de altura, ou esfregá-lo numa lixa, afinal de contas. Ainda assim, ele mostra que o Gorilla Glass, mesmo o mais novo, não é milagroso. Vale a pena proteger um celular tão caro com uma capinha e uma película.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital