Veja como eram as conexões de ‘internet’ em 1984

Redação23/03/2016 18h08

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Mandar uma mensagem pela internet hoje em dia é uma tarefa trivial. Além de praticamente todos os computadores e smartphones estarem constantemente conectados à rede, existem centenas de sites, aplicativos e programas diferentes que permitem realizar essa tarefa.

Vale lembrar, no entanto, que nem sempre foi assim. Em 1984, os poucos usuários que possuiam um microcomputador em casa precisavam realizar uma série de tarefas para conseguir se conectar à rede. É o que mostra o vídeo abaixo, extraído do programa de tecnologia britânico Database daquele ano.

Naquela época, ainda não havia a internet como a conhecemos hoje – uma rede de computadores conectados. O que havia era um servidor que alguns usuários podiam acessar para ter acesso a alguns dados e serviços. Confira:

Conforme o programa mostra, para realizar a conexão “extremamente simples”, era necessário:

– Desconectar o telefone da rede de telefonia
– Conectar o telefone ao modem
– Conectar o modem à rede de telefonia
– Ligar o modem
– Acessar a opção de cadastro no computador
– Usar o telefone para ligar – literalmente – para o servidor (da Prestel, no caso)
– Quando o servidor responder, apertar um botão no modem
– Recolocar o telefone no gancho

Esse processo permitia que os usuários da Prestel acessassem uma página de serviços com informações, textos e outros recursos, tais como e-mails. Era uma versão mais simples (e menos visualmente atraente) dos portais de provedores de internet que chegariam na década de 90, como Terra, IG e America Online.

Avanços no tempo

Basicamente, esse é o mesmo processo que fazemos hoje quando digitamos um endereço na barra de nossos navegadores. A diferença (além da velocidade, é claro) é que naquela época as conexões ainda utilizavam a linha telefônica, em vez de uma infraestrutura separada. Quando digitamos o endereço de um site, o computador “traduz” esse endereço em um número (o IP do site), conecta-se ao site e solicita a ele as informações referentes àquela página.

No vídeo, porém, os usuários realizam todo esse processo para poder acessar basicamente o mesmo conteúdo de uma página da internet. Caso quisessem acessar outra página (se é que havia naquela época outra página para ser acessada), eles precisariam repetir todas as etapas acima e discar para um número diferente com o telefone.

No final do programa, enquanto os créditos rolam, os produtores realizam uma “transmissão de software”: eles tocam um som estranho que usuários podem gravar e reproduzir para seus computadores. Ao “ouvir” o áudio (que parece uma versão ainda pior de uma conexão de modem discado), os computadores conseguiam reproduzir aplicativos – era uma forma primitiva, mas interessante, de transmissão de dados via som.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital