Mark Zuckerberg ainda é jovem, com apenas 31 anos, então às vezes nos esquecemos que sua obra maior, o Facebook, de jovem não tem mais nada. Com 12 anos de existência, o que é uma eternidade na era da internet, a empresa e rede social já está entre as maiores do planeta.
No entanto, nem sempre foi assim. Se hoje o Facebook vai muito além da rede social, procurando investir em vários aplicativos distintos (WhatsApp, Instagram, Messenger…), realidade virtual, distribuição de internet para os pobres, entre outros projetos ambiciosos, em 2005, Zuckerberg não enxergava possibilidades para a empresa além de unir pessoas de diferentes universidades dos Estados Unidos.
Para quem não conhece a história do Facebook: o site foi criado inicialmente apenas para os alunos da universidade de Harvard, como uma espécie de comunidade online. Rapidamente ele se popularizou entre estudantes, o que fez Zuckerberg cogitar a expansão para outras universidades e, posteriormente, abrir as porteiras para qualquer pessoa de (quase) todos os lugares do mundo.
O vídeo abaixo foi feito em 2005, no período em que o Facebook estava se expandindo para outras universidades. Curiosamente, o Zuckerberg de 21 anos não mostrava nenhuma intenção de ir além de estudantes em sua rede social. “O Facebook é um diretório online para universidades. Muitas pessoas estão focadas em dominar o mundo ou fazer as maiores coisas, conseguir o maior número de usuários… parte de fazer a diferença e fazer algo legal é focar-se intensamente”.
Hoje, o Facebook tem 1,6 bilhão de usuários, e a maior parte deste número nunca chegou perto de uma universidade. Com tantos projetos paralelos, é possível dizer que o Zuckerberg de 21 anos foi profundamente ignorado pelo Zuckerberg de 31 anos.
O vídeo também é interessante, porque mostra um pouco da cultura do Facebook. Hoje a empresa é uma megacorporação, com escritórios em vários países, mas no passado, com um ano de existência, tinha apenas uma salinha, com uma geladeira e um barril de cerveja onde os programadores levantavam uns aos outros para beber de ponta-cabeça, enquanto Zuckerberg dava uma entrevista de camiseta e bermuda com um copo vermelho na mão.