Na última semana, ganhou força a expectativa de que a Motorola possa relançar o clássico RAZR V3 como um smartphone com tela dobrável com preço sugerido na faixa dos US$ 1.500. Agora, a descoberta de uma patente registrada em dezembro do ano passado mostra como poderia ser este dispositivo.
O documento, como é comum em documentos de patentes, é propositalmente genérico. Não há qualquer menção à marca RAZR, mas quem lembra do clássico V3 não consegue olhar para as imagens e desassociar o projeto do icônico celular da Motorola que foi um dos celulares mais populares da década passada, incluindo as bordas grossas acima e abaixo da tela.
A mudança mais óbvia em relação ao celular antigo é, claro, a troca da telinha pequena e do teclado numérico físico por uma tela verticalmente alongada, que se dobra conforme o flip do celular é fechado. É uma abordagem diferente do FlexPai, o primeiro celular dobrável do mundo, que é, na verdade, um tablet que pode ser flexionado para um formato mais próximo de um smartphone convencional.
A expectativa sobre a ressurreição da marca RAZR já existe há algum tempo. Desde que a Nokia decidiu reviver o clássico 3310 em 2017 já se fala nessa possibilidade, e um dos designers responsáveis pelo clássico V3 afirmou acreditar que há uma oportunidade para reviver o celular, mas seria necessário trazer alguma grande inovação, e não apenas fazer por fazer.
Em 2019, a tendência é que vejamos cada vez mais telas dobráveis. A Samsung, por exemplo, já deixou claro que pretende lançar o seu celular dobrável ainda neste ano. Com a Motorola provavelmente se juntando ao grupo de empresas que pretende apostar na tecnologia, é provável que outras empresas se mexam para revelar algo similar. Ficará a cargo delas, no entanto, demonstrar alguma utilidade que faça valer o custo extra de um smartphone com tela flexível. Até o momento, isso não está claro.