O brasileiro está mudando a sua relação com dinheiro. É o que aponta uma pesquisa divulgada pelo Banco Central, que mostrou que 4% da população já não usa mais cédulas de papel ou moedas para fazer pagamentos. No lugar, os cidadãos têm optado por pagamentos nos cartões de crédito e débito ou transferências eletrônicas.
A pesquisa do Banco Central mostrou ainda que o valor da compra influencia no meio de pagamento que será usado pelos brasileiros. Em contas de até R$ 10, as notas são utilizadas por 88%, enquanto em compras acima de R$ 500 o cartão de crédito é o meio preferido, com 43%. Nesta faixa, o dinheiro é usado por “apenas” 31% dos entrevistados.
Embora ainda seja utilizado por 96% da população, o dinheiro é o método preferido de uma parcela bem menor: 60% dos entrevistados. Já o cartão de débito aparece em segundo lugar com 22%, seguido pelo de crédito com 15% da preferência. Já as transferências eletrônicas são as mais utilizadas por 0,3% das pessoas, ficando atrás do débito automático e do vale refeição ou alimentação.
Dinheiro vivo em queda também no comércio
A pesquisa do Banco Central abrangeu também comércios e estabelecimentos de serviços. No geral, o pagamento em dinheiro ainda é o mais aceito pelos comerciantes, com 99% de abrangência no mercado. Já o pagamento por cartões também têm grande adoção: 76% aceitam débito, 74% de crédito e 17% de vale refeição ou alimentação.
Apesar da dominância, o uso do dinheiro como forma de recebimento mais frequente diminuiu nos últimos cinco anos: passou de 57% em 2013 para 52% em 2018. O mesmo ocorreu com o cartão de crédito, que agora tem 31% contra 35% em 2013. No período, o meio de recebimento que mais cresceu no Brasil foi o cartão de débito, que saltou de 4% para 15%.
A pesquisa do Banco Central foi realizada em abril com mil entrevistados da população, adultos e residentes nas capitais e municípios com mais de 100 mil habitantes. Já o segundo incluiu caixas de comércio e de estabelecimentos de serviços, com um total de mil entrevistas.