Uso de assistentes virtuais no Brasil cresce 47% durante a pandemia

Pesquisa da empresa de data science Ilumeo aponta que praticidade e abertura para realização de múltiplas tarefas são as principais motivações para o uso da tecnologia
Igor Shimabukuro14/10/2020 22h06, atualizada em 14/10/2020 22h52

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Aos poucos, a pandemia do coronavírus aproxima cada vez mais pessoas e tecnologias. Sem contar o aumento considerável da utilização de computadores e smartphones — decorrente dos trabalhos remotos —, a quarentena no Brasil registrou um crescimento de 47% do uso de serviços ou produtos com assistentes virtuais por voz. Os dados foram publicados pela empresa de ciência de dados Ilumeo, no último dia 5.

A pesquisa, realizada por 1.100 participantes de diversas regiões do país entre março e julho deste ano, levou em conta serviços com funcionalidades em português, como a Alexa, da Amazon, Siri, da Apple, Google Assistente, do Google, entre outros.

Os resultados sobre a frequência de uso foram surpreendentes: cerca de 48% dos entrevistados já utilizam a tecnologia ao menos uma vez na semana e aproximadamente 20% deles afirmaram fazer uso da inovação diariamente.

O relatório apresentou ainda que 63% dos entrevistados consideram o uso do assistente de voz comum, consolidando ainda mais a tecnologia como algo familiar ao brasileiro.

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Pesquisa da Ilumeo aponta que quase metade dos entrevistados já utiliza assistentes virtuais por voz semanalmente. Foto: Ilumeo/Divulgação

Motivações do aumento

Uma das principais razões que ajudam a explicar a ascensão do uso de assistentes virtuais de voz durante a pandemia é a praticidade. Não à toa, para 84% dos participantes, usar a tecnologia é bem mais prático do que digitar, principalmente para fins de buscas de informações ou cessação dúvidas.

Já para 76% dos que responderam à pesquisa, a grande motivação de utilizar a tecnologia é a possibilidade de realizar outras tarefas simultaneamente. O motivo se torna ainda mais forte durante a quarentena, já que as pessoas passam mais tempo em casa e, muitas vezes, têm de se desdobrar para trabalhar remotamente, arrumar a casa, cuidar dos filhos… Tudo ao mesmo tempo.

Diante disso, 54% dos entrevistados têm visto mais valor na funcionalidade de produtos dotados com a tecnologia.

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Apenas 22% encaram a tecnologia nociva à privacidade dos seus dados e conversas, enquanto grande parte tem visto a funcionalidade com bons olhos. Foto: Clay Banks/Unsplash

Valor agregado à marca

Outro dado interessante foi o fato de 70% dos participantes afirmarem perceber mais força em empresas que dispõem de serviços e produtos dotados de assistência por voz.

A informação pode impulsionar ainda mais as companhias a adaptarem seus produtos à tecnologia de comando de voz, em busca de consolidar a notoriedade de suas marcas no mercado e angariar maior clientela.

Google, Apple e Amazon foram as marcas mais lembradas pelos participantes no assunto assistência virtual. Menções honrosas também para o Bradesco, a Vivo e Motorola, que foram recordadas com menor frequência durante a entrevista.

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Google é a marca associada a assistente de voz mais lembrada pelos participantes. Foto: Ilumeo/Divulgação

Outro ponto positivo para as companhias é que a tendência de alta do uso destes aparelhos eletrônicos deve continuar nos próximos meses, segundo a pesquisa da Ilumeo. Grande parte dos que responderam à pesquisa confirmaram a pretensão de trocar aparelhos como smartphones, TVs, smartwatches e computadores por dispositivos com assistentes virtuais no próximo ano.

Se confirmado, o cenário pode ser um “prato cheio” para as empresas de tecnologia.

Via: Ilumeo

Colaboração para o Olhar Digital

Igor Shimabukuro é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital