A União Europeia anunciou no início dessa semana que aprovou a primeira vacina contra a ebola. A doença viral vitimou milhares de pessoas na África, na epidemia iniciada em 2014.

O processo de aprovação da Ervebo, nome da vacina, teve início em outubro, quando a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) reuniu um comitê e recomendou uma autorização condicional de comercialização da vacina pela UE.

Essa autorização é dada para medicamentos que atendam uma necessidade médica não tratada de pacientes, e agilizam o cronograma do medicamento, exigindo menos dados de análise para aprovação.

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Os dados coletados até agora são extremamente positivos. Os resultados preliminares dos testes de vacinação em círculo, quando são vacinadas pessoas mais propensas a serem infectadas, com a Everbo na República Democrática do Congo mostram que menos de 3% das quase 100 mil pessoas vacinadas não desenvolveram a doença. Esses resultados garantiram a aprovação da vacina pelo comitê.

Porém, mesmo com a aprovação da vacina, as coisas não devem mudar tão cedo. A OMS afirmou ainda em outubro que doses licenciadas só estarão disponíveis para uso em meados de 2020. Enquanto isso, as pessoas nas áreas afetadas vão ter acesso a Everbo por meio do programa experimental.

Os maiores problemas para conter o surto da ebola são estruturais. Os profissionais de saúde pública precisam se esforçar para tratar comunidades em meio à guerra armada que toma conta do país. Além disso, a vacina é aprovada apenas para pacientes maiores de 18 anos.