Tesla é processada por falha em piloto automático que matou engenheiro da Apple

Elon Musk e sua empresa podem ser processados por isso
Redação02/05/2019 19h17, atualizada em 02/05/2019 20h46

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Na manhã do dia 23 de março do ano passado, um engenheiro da Apple, Walter Huang, estava dirigindo seu Tesla Model X, de 2017, na Mountain View 101, Califórnia, quando o carro virou à esquerda contra a mureta da via. O acidente foi fatal.

Pouco mais de um ano depois, sua família processou a Tesla alegando que o sistema de piloto automático (Autopilot) não funcionava corretamente e foi a causa do acidente.

Segundo a Bloomberg, o processo alega que Tesla estava ciente, ou deveria, “de que o Modelo X pode causar ferimentos aos ocupantes quando há mudança de faixa — provocando batidas em objetos fixos”. O processo afirma que a empresa deveria ter alertado os consumidores ou retirado o carro do mercado.

A acusação também afirma que o veículo não tinha os recursos de segurança adequados, como freios de emergência automáticos. O Departamento de Transporte da Califórnia também é mencionado, alegando que a mureta atingida pelo carro de Huang não tinha um atenuador funcional de impacto.

A Tesla se recusou a comentar o processo, mas um porta-voz disse ao Gizmodo que todos os veículos da empresa vêm com os freios de emergência automáticos.

Em abril de 2018, uma investigação preliminar da National Transportation Safety Board (NTSB) concluiu que o carro estava seguindo outro veículo a cerca de 100 quilômetros por hora até virar à esquerda. Durante a virada, o carro não freou, mas acelerou de 100 para 114 km/h nos três segundos antes da colisão.

Em comunicado publicado uma semana depois do acidente, a Tesla disse que o veículo havia emitido um alerta sonoro e vários alertas visuais durante a viagem de Huang naquela manhã. O carro detectou que suas mãos não estavam no volante durante os seis segundos antes do acidente. “O motorista tinha cerca de cinco segundos e 150 metros de visibilidade desobstruída da mureta de concreto com o atenuador de impacto esmagado, mas os registros dos veículos mostram que nenhuma ação foi tomada”, disse o comunicado.

“O piloto automático Tesla não evita todos os acidentes, tal padrão seria impossível, mas torna menos provável que ocorra”, continua a publicação da empresa. “Isso torna inequivocamente o mundo mais seguro para os ocupantes de veículos, pedestres e ciclistas”.

Em declaração enviada para vários veículos da imprensa, um advogado que representa a família de Huang, B. Mark Fong, disse que o acidente ocorreu porque “a Tesla está testando seu software de piloto automático com motoristas reais”.

O processo aconteceu uma semana depois que o CEO da Tesla, Elon Musk, anunciar planos para colocar um milhão de robotaxis nas estradas até 2020.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

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