Uber lança serviço de entregas de supermercado em 11 cidades do Brasil

Aplicativo faz uso da rede da Cornershop, comprada pela companhia em 2019
Renato Santino07/07/2020 17h51

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A Uber anunciou nesta terça-feira (7) o lançamento de um novo serviço no Brasil e outros países. A partir de agora, o aplicativo do Uber Eats permitirá fazer compras de supermercado sem sair de casa, utilizando uma rede de entregadores que vão buscar os produtos nos estabelecimentos.

O lançamento acontece primeiramente na América Latina, com 11 cidades brasileiras inclusas nessa leva:

  • São Paulo
  • Campinas
  • Rio de Janeiro
  • Belo Horizonte
  • Curitiba
  • Florianópolis
  • Porto Alegre
  • Salvador
  • Recife
  • Brasília
  • Goiânia

O Canadá também está incluso nesta primeira onda de países atendidos, funcionando nas cidades de Toronto e Montreal, enquanto Estados Unidos receberão o serviço apenas no fim de julho, atendendo cidades de Miami e Dallas.

Para implementar o serviço, a Uber utiliza a base da Cornershop, uma startup chilena adquirida em 2019 que oferece justamente esse serviço de entregas de compras de supermercado. O acordo foi anunciado em outubro do ano passado, mas apenas no fim de maio deste ano a companhia obteve a permissão de órgãos regulatórios para finalizar o negócio.

O serviço vem em um momento em que serviços de entregas se mostram mais importantes do que nunca. A pandemia de Covid-19 aumentou a procura por compras pela internet, e a empresa relata que o Uber Eats chegou a ver o volume de pedidos crescer em mais de 100% no segundo trimestre deste ano. No primeiro trimestre viu um salto de 56% no seu faturamento na comparação com o mesmo período de 2019, o que mostra a força deste mercado no momento.

O crescimento dos aplicativos de delivery também criou uma nova tensão com os entregadores, que se veem expostos durante a pandemia. Enquanto as empresas veem seu faturamento aumentar com esse tipo de serviço, os trabalhadores não têm visto seu esforço ser adequadamente recompensado, motivando paralisações. A primeira delas aconteceu na semana passada, na quarta-feira (1º), e a segunda paralisação está programada para o domingo (12). Os entregadores pedem aumento das taxas de entrega, um aumento no pagamento, uma taxa para aquisição de equipamentos de proteção individual, o fim de bloqueios injustificados e do sistema de pontuação.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital