A Uber anunciou nesta terça-feira (7) o lançamento de um novo serviço no Brasil e outros países. A partir de agora, o aplicativo do Uber Eats permitirá fazer compras de supermercado sem sair de casa, utilizando uma rede de entregadores que vão buscar os produtos nos estabelecimentos.
O lançamento acontece primeiramente na América Latina, com 11 cidades brasileiras inclusas nessa leva:
- São Paulo
- Campinas
- Rio de Janeiro
- Belo Horizonte
- Curitiba
- Florianópolis
- Porto Alegre
- Salvador
- Recife
- Brasília
- Goiânia
O Canadá também está incluso nesta primeira onda de países atendidos, funcionando nas cidades de Toronto e Montreal, enquanto Estados Unidos receberão o serviço apenas no fim de julho, atendendo cidades de Miami e Dallas.
Para implementar o serviço, a Uber utiliza a base da Cornershop, uma startup chilena adquirida em 2019 que oferece justamente esse serviço de entregas de compras de supermercado. O acordo foi anunciado em outubro do ano passado, mas apenas no fim de maio deste ano a companhia obteve a permissão de órgãos regulatórios para finalizar o negócio.
O serviço vem em um momento em que serviços de entregas se mostram mais importantes do que nunca. A pandemia de Covid-19 aumentou a procura por compras pela internet, e a empresa relata que o Uber Eats chegou a ver o volume de pedidos crescer em mais de 100% no segundo trimestre deste ano. No primeiro trimestre viu um salto de 56% no seu faturamento na comparação com o mesmo período de 2019, o que mostra a força deste mercado no momento.
O crescimento dos aplicativos de delivery também criou uma nova tensão com os entregadores, que se veem expostos durante a pandemia. Enquanto as empresas veem seu faturamento aumentar com esse tipo de serviço, os trabalhadores não têm visto seu esforço ser adequadamente recompensado, motivando paralisações. A primeira delas aconteceu na semana passada, na quarta-feira (1º), e a segunda paralisação está programada para o domingo (12). Os entregadores pedem aumento das taxas de entrega, um aumento no pagamento, uma taxa para aquisição de equipamentos de proteção individual, o fim de bloqueios injustificados e do sistema de pontuação.