O Twitter recentemente prometeu fortalecer suas atitudes contra discursos de ódio, e deu recentemente um exemplo de como pretende fazer isso. De acordo com a Newsweek, a rede social baniu definitivamente o candidato ao legislativo dos EUA Paul Nehlen após ele tuitar uma imagem de cunho claramente racista.
A imagem que garantiu a expulsão de Nehlen da plataforma comparava Meghan Markle, a noiva do príncipe inglês Harry, a uma imagem reconstituída de um fóssil de 9.000 anos que os cientistas concluíram que tinha pele negra. O candidato ainda teria defendido a própria postagem, dizendo que ela era um protesto contra “alegações de que os brancos nunca existiram”.
Segundo o Engadget, o Twitter disse que não costuma comentar esse tipo de atitude, mas abriu uma exceção para o caso de Nehlen. De acordo com a plataforma, o banimento do político se deu por conta de “violações repetidas” de seus termos de serviço. Tanto Nehlen quanto seus seguidores protestaram contra a medida da rede, chamando-a de “censura”.
Mas de fato, como o BuzzFeed reporta, não é a primeira vez que o candidato estadunidense promove discursos de ódio por meio da plataforma. Em janeiro de 2018, ele chegou a ser suspenso do Twitter por uma semana por violar leis do site que proibiam a disseminação de mensagens anti-semíticas. Entre outras atitudes, Nehlen acusava todos que estavam contra ele de ser “aliados da mídia judaica”.
Essa atitude da plataforma cria um precedente para que outras figuras políticas, cujas atitudes podem ter repercussões ainda mais graves que as de Nehlen, também sejam banidas. Já existe, por exemplo, um grande movimento a favor do banimento do presidente estadunidense Donald Trump da plataforma, por medo de que suas mensagens deem início a uma guerra nuclear. Um ex-funcionário da empresa já chegou a aproveitar seu último dia de trabalho para apagar a conta do presidente.