O Twitter vem passando por uma espécie de ‘crise existencial’. A rede social andou banindo perfis falsos, discutindo novas regras para limitar discurso de ódio e, em meio a tudo isso, o lucro da companhia aumentou. A próxima vítima dessa reestruturação pode ser o botão “Curtir”.

Também conhecido como “Like”, e anteriomente como “Favorito”, o botão faz parte da navegação do Twiter desde os primórdios da rede social. Mas a empresa admite que está considerando acabar com ele, com o objetivo de melhorar a “qualidade” do debate e das conversas entre usuários.

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O jornal britânico Telegraph disse que o botão pode sumir da rede social “em breve”, mas o Twitter nega que isso possa acontecer logo. “Como temos dito há tempos, estamos repensando tudo sobre o serviço para garantir que estamos incentivando uma conversa saudável, e isso inclui o botão ‘Curtir'”, afirmou a empresa em um post.

“Estamos nos estágios iniciais do trabalho e não temos planos para compartilhar agora”, completou o Twitter. Brandon Borrman, vice-presidente global de comunicação da empresa, também disse na mesma rede social que o Twitter está “aberto” à possibilidade de acabar com o botão, mas que isso não vai acontecer “em breve”.

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O que o botão “Curtir” tem a ver com a qualidade do conteúdo? A ferramenta permite que certos tweets e conteúdos ofensivos viralizem e ganhem grande projeção, sem oferecer a nuance que um retweet ou um RT com comentário podem fornecer a um debate para deixá-lo mais rico em argumentação.

Além disso, o botão de coração pode ser um alvo fácil de abuso por parte de softwares de geração de conteúdo automatizado, consequentemente ajudando a dar mais voz a perfis falsos e principalmente aos famosos “bots”, problema com o qual o Twitter vem lidando há tempos. Resta saber o que o Twitter poderia introduzir no lugar do “Curtir” se de fato decidir por acabar com o botão.