No último fim de semana, o Twitter suspendeu diversas contas relacionadas aos grupos militantes Hamas e Hezbollah. A informação é do Wall Street Journal.

No passado, a empresa havia dito que diferenciava a questão militar da questão política no caso desses grupos, o que permitia que a plataforma estivesse liberada para ambos. Agora, a empresa se junta ao Facebook e ao Google no banimento.

A empresa ainda não divulgou um posicionamento oficial sobre o remoção das contas, embora as postagens violassem diversos termos de conduta impostos pelo Twitter.

É provável que a rede social tenha suspendido as contas em função da crescente pressão dos legisladores. Em setembro, um grupo bipartidário de membros da Câmara dos EUA enviou a empresa (assim como fez com Facebook e Google) uma carta pedindo que ela fornecesse um cronograma para a remoção das contas do Hamas e Hezbollah. O Departamento do Estado americano classifica os dois grupos como organizações terroristas.

Essa foi a primeira vez que o Twitter sofreu pressão desse tipo, em relação aos grupos considerados terroristas. Em 2016, em uma situação bem parecida, a empresa baniu mais de 125 mil contas relacionadas ao Estado Islâmico. Um relatório feito posteriormente descobriu que as suspensões devastaram o alcance online do grupo.

O Twitter sustenta que melhorou muito o policiamento de sua plataforma. No primeiro semestre desse ano, a empresa afirma ter suspendido cerca de 116 mil contas que envolviam algum tipo de promoção do terrorismo.

Aproximadamente 87% dessas contas foram automaticamente suspensas pelas ferramentas de algoritmo da empresa.

 

Via: Engadget