Turquia recebe drones armados com metralhadora

Aeronave tem 20 Kg, autonomia para até 10 Km e dispara até 200 tiros de projéteis, calibre 5.56×45mm
Rafael Rigues10/01/2020 15h48, atualizada em 10/01/2020 16h00

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A Turquia se tornou o primeiro país a ter um esquadrão de “drones assassinos” equipados com metralhadoras prontos para entrar em serviço. O país recebeu em dezembro os primeiros lotes do Songar, uma aeronave equipada com 8 hélices e uma metralhadora capaz de disparar até 200 tiros de munição 5.56×45mm.

Produzido pela empresa turca Asisguard, o Songar pesa 20 kg, pode voar a até 2,8 km de altura e sua bateria tem autonomia para operação em um raio de até 10 km. Os disparos podem ser feitos em modo único, em rajadas de 15 tiros ou em modo contínuo.

A precisão é suficiente para atingir um alvo do tamanho de um humano a uma distância de 200 metros graças a um braço robótico que compensa o recuo da metralhadora e a sensores, incluindo um sensor laser, que compensam oscilações e até mesmo a influência do vento sobre o projétil.

A fabricante afirma estar trabalhando em um novo sistema de estabilização, que tornará possível manter a precisão a uma distância de até 400 metros. Além da metralhadora o Songar é equipado com uma câmera com visão noturna, que transmite imagens para o piloto durante toda a missão. Um único soldado pode controlar o voo e os disparos de até três aeronaves, ou a tarefa pode ser divida entre um, ou mais pilotos e artilheiros.

A Turquia não é o primeiro país a investir na tecnologia de drones armados: nós mesmos já noticiamos um drone chinês que está sendo vendido a países do Oriente Médio. Mas segundo a revista New Scientist, o país é o primeiro a colocar uma aeronave com metralhadora em operação regular em suas forças armadas, uma distinção importante.

O país também investe em tecnologia anti-drones: em agosto de 2018 suas forças armadas usaram uma arma laser de fabricação Turca, montada em um carro de combate, para derrubar um drone produzido pela China e operado pelos Emirados Árabes na região de Misrata, na Líbia. Foi a primeira vez que um laser abateu um drone em um campo de batalha real.

Fonte: New Scientist

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital