Não muito tempo depois de uma juíza da corte distrital de São Francisco ter suspendido a ordem de banimento do WeChat nos Estados Unidos – como havia determinado o presidente norte-americano, Donald Trump, para este domingo (20) – o TikTok também conseguiu adiar temporariamente o veto do app no país.
Ainda no sábado (19), Trump deu aval a um acordo entre a Oracle e o Walmart para administrar o TikTok nos EUA. A decisão prorrogou a sobrevivência do app no país. “Dei minha aprovação ao negócio – se eles conseguirem, ótimo, se não, tudo bem também”, disse Trump.
Com a decisão, o Departamento de Comércio dos EUA disse que, até segunda ordem, o banimento do TikTok nos EUA está suspenso até o próximo domingo (27).
Com a decisão de Trump, TikTok ganha sobrevida até o próximo domingo nos EUA – Foto: Shutterstock
A proposta da Oracle e do Walmart
A Oracle foi escolhida como fornecedora de nuvem segura para o TikTok; com um investimento minoritário, a empresa terá uma participação de 12,5% no aplicativo. Já o Walmart concordou provisoriamente com a compra de 7,5% das ações do TikTok. A chinesa ByteDance, empresa-mãe do TikTok, ficará com os 80% restantes.
O TikTok disse que vai manter e expandir sua sede em solo americano, além de uma promessa de gerar 25 mil empregos diretos em todo o país.
Na negociação aprovada, Trump disse que as empresas fariam uma contribuição de US$ 5 bilhões para um fundo educacional. A Oracle e o Walmart também revelaram que o negócio global da TikTok vai pagar mais de US$ 5 bilhões em novos impostos ao Departamento do Tesouro dos EUA. Além disso, as empresas se comprometeram com a produção de vídeos sobre história, ciência e outros assuntos especialmente para crianças.
A Oracle e o Walmart também disseram que os dados dos usuários do TikTok dos EUA seriam movidos para a infraestrutura “segura”em nuvem da Oracle. Mas ainda não há um cronograma para o cumprimento de todas essas promessas.
— TikTok_Comms (@tiktok_comms) September 19, 2020
Corte suspende banimento do WeChat
Atendendo a um pedido impetrado por um grupo de usuários, um juiz da corte distrital de São Francisco, na Califórnia, suspendeu a ordem do presidente norte-americano, Donald Trump, que previa o banimento do aplicativo a partir deste domingo. Segundo a decisão, o grupo de usuários alega que o bloqueio vai contra a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que trata da liberdade de expressão. A decisão tem caráter temporário.
O grupo de usuários que entrou com pedido se chama WeChat Users Allied e, em sua alegação, afirma que o WeChat é um importante instrumento público de comunicação entre a comunidade chinesa que vive nos Estados Unidos e seus parentes e contatos em solo chinês.