Qual é o futuro do trabalho? Durante o Executive Program, programa exclusivo da Singularity University, tive acesso a algumas previsões tomadas com base em profundos estudos que apontaram para três fatores: inteligência artificial, scale learning e capacidade de adaptação. Isso significa não só um aprimoramento do futuro do trabalho e da forma com que lidamos com os novos talentos, como também a mudança da nossa maneira de educar nossos filhos.

Isso porque, desde a infância, quando entramos na escola, nossa criatividade é podada. Somos obrigados a seguir um único modelo de educação por toda a vida, e, assim, entramos na repetição. Precisamos aprender determinadas matérias não importa como – elas só precisam ser memorizadas. Nas empresas esse fenômeno também acontece, refletindo em uma execução de funções desmotivadoras.

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Todo esse sistema nos desenha para termos uma só eficiência profissional. Os funcionários são trazidos para realizarem tarefas muito bem definidas, para, assim, retroalimentar os outros setores, em um ciclo quase fordista. Podemos dizer que a nossa sociedade foi moldada de um jeito maquiavélico, fomos forjados em um modelo de aprendizado para trabalhos manuais e repetitivos. Mas esses não são trabalhos humanos. São exaustivos, trazem poucas perspectivas de crescimento pessoal e profissional e desestimulam.

Com a inteligência artificial, esse processo é feito de um jeito muito mais eficiente e preciso quando automatizado, afinal as máquinas não se distraem ou ficam doentes. No próprio hotel em que me hospedei no Vale do Silício, enquanto fazia o curso, o serviço de quarto era feito por um robô.

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A inteligência artificial e as tecnologias exponenciais estão vindo para amplificar a capacidade humana: conseguiremos assim focar em composição, criação e emoção e aplicarmos o que temos de melhor e que só nós conseguimos fazer.

Nesse futuro – que já está começando -, o Scale Learning é uma das inovações que as empresas devem seguir, fazendo com que os seus funcionários se desenvolvam, aprendam e compartilhem, tenham novas experiências – tanto nacionais quanto internacionais – e contribuam verdadeiramente. A tendência é que os profissionais passem por diversos setores dentro das instituições e que os projetos sejam rotacionados.

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O momento é de desaprender para aprender sempre. Os empresários e colaboradores de destaque não serão os mais preparados, mas os que possuem uma melhor capacidade de adaptação. Trabalharemos em um modelo transversal, realmente colaborativo, volátil e, finalmente, humano.