A Toyota anunciou a segunda geração do Mirai (“futuro”, em Japonês), seu carro elétrico movido a hidrogênio (FCEV, Fuel Cell Electric Vehicle). Baseado na plataforma do Lexus LS, o veículo tem um design mais luxuoso que seu antecessor e autonomia de até 650 km com uma carga de combustível.

Tecnicamente o Mirai é um carro elétrico. A diferença entre ele, um Tesla Model S ou Volkswagen iD.3 é a forma como essa eletricidade é gerada. Tanques instalados sob a coluna central e os bancos traseiros armazenam até 5,6 kg de hidrogênio. O gás passa por um conjunto de 330 células que convertem a energia química nele contida em energia elétrica, que alimenta o motor. O resultado da reação química usada para produzir eletricidade é apenas vapor d’água.

A segunda geração do Toyota Mirai é baseada na mesma plataforma do Lexus LS. Imagem: Toyota

Uma vantagem dos FCEV sobre os veículos puramente elétricos é a velocidade de reabastecimento: é possível encher os tanques do Mirai em apenas cinco minutos. Um Tesla Model S conectado a um Supercharger leva 40 minutos para recuperar 80% da carga, e esse tempo pode chegar a 33 horas para uma carga até 100% usando um carregador lento doméstico.

A desvantagem é a falta de infraestrutura: mesmo em países como os EUA, há muito menos estações de recarga de hidrogênio do que carregadores elétricos. Por isso a primeira versão do Mirai foi vendida principalmente para frotas de táxi e empresas, que tem sua própria infraestrutura de reabastecimento.

Segundo Ryotaro Shimizu, engenheiro-chefe adjunto do veículo, a Toyota optou por um design mais “emocional” neste modelo, com um interior mais humanizado e luxuoso. Internamente, há mais espaço para as pernas e para um quinto passageiro. A tela principal é montada próxima ao painel de instrumentos e voltada para o motorista, o que facilita a visualização das informações.

Tela principal do Toyota Mirai: voltada para o motorista para facilitar a visualização. Foto: Toyota

A tração traseira e o centro de gravidade baixo, com uma distribuição de quase 50:50, dão ao carro uma característica mais esportiva. Shimizu afirma que ao pisar no acelerador o motorista vai sentir “um belo impulso”. Um sistema chamado Active Sound Creator produz sons falsos para o motor, que é absolutamente silencioso, para que o motorista entenda melhor o que acontece com o carro.

O primeiro mirai custava cerca de US$ 60 mil (R$ 315 mil). Segundo a Toyota o novo modelo será vendido por “20% a menos”, ou seja, por volta dos US$ 50 mil (R$ 263 mil).

Fonte: Engadget