Titanic vai ser recriado em realidade virtual

Última expedição que visitou o naufrágio, a 3800m de profundidade, capturou imagens com câmeras especiais que vão permitir a criação de modelos 3D computadorizado do que sobrou do navio
Redação22/08/2019 12h57, atualizada em 22/08/2019 14h30

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O primeiro mergulho no Titanic em quase 15 anos revelou uma deterioração “chocante” no estado do naufrágio. Uma equipe internacional de exploradores fez cinco mergulhos no início de agosto para pesquisar e fotografar o navio, que fica a 3800 metros de profundidade no Atlântico Norte, no Canadá. A carcaça da embarcação está sendo rapidamente destruída por bactérias comedoras de metais, corrosão salina e correntes oceânicas profundas.

A grande conquista dessa última expedição foi a captura de imagens em alta definição usando câmeras especialmente adaptadas que permitem que modelos 3D computadorizados do naufrágio sejam construídos usando tecnologia de realidade virtual. O material será publicado e disponibilizado ao público em um documentário da Atlantic Productions.

A mais recente expedição capturou imagens usando câmeras especialmente adaptadas que permitem que modelos 3D computadorizados do naufrágio sejam construídos usando tecnologia de realidade virtual. Os cientistas vão publicar seu material ao lado de um documentário da Atlantic Productions.

Reprodução

Parks Stephenson, um historiador do Titanic, disse que algumas características dos aposentos do capitão se deterioraram completamente. “A banheira do capitão é uma imagem favorita entre os entusiastas do Titanic, e isso já não existe mais”, disse ele. “O deck inteiro… deu um lado está desmoronando, levando consigo as cabines.”

Imagens da expedição mostram a proa do navio coberta de uma formação semelhante a pingentes que se formam à medida que as bactérias consomem lentamente o metal. Lori Johnson, uma cientista de expedição, disse: “O naufrágio vai continuar a deteriorar-se ao longo do tempo, é um processo natural”.

Naufrágio histórico

O Titanic está no fundo do oceano desde 1912, após colidir com um iceberg em sua viagem inaugural de Southampton para Nova York. Mais de 1.500 pessoas morreram quando o navio, que transportava 2.224 passageiros e tripulantes, afundou sob o comando do capitão Edward Smith. O navio era o maior flutuante na época e era considerado inafundável.

A equipe disse que ficou surpresa com a rapidez com que o navio estava se deteriorando. “Titanic está retornando à natureza”, disse Stephenson à BBC.

Via: TheGuardian

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital