A Huawei concluiu na última semana mais um teste de 5G em parceria com a operadora japonesa NTT Docomo — e conseguiu atingir mais de 650 Mpbs de velocidade de transferência com apenas 1,5 ms de latência. O experimento foi feito em Yokohama, no Japão, usando a banda milimétrica de 39 GHz, uma frequência mais alta e de menor penetração. O objetivo era justamente comprovar a eficiência de uma solução para reverter esse alcance curto.
No teste, as empresas utilizaram uma tecnologia chamada IAB (sigla para Internet Access Backhaul) para melhorar a cobertura da banda. Conforme descreve a Huawei, a solução “envolve o uso de uma antena com lente focal compacta que concentra ondas de rádio em uma direção específica para transmissão de longa distância”.
O recurso foi usado para conectar uma estação base e um nó de retransmissão 5G. O sinal foi enviado de uma antena principal para uma secundária, que o retransmitiu sem muita perda para um smartphone, como os resultados de velocidade e latência puderam comprovar. A velocidade não é a mais alta já registrada, no entanto: um teste da ZTE viu um celular passar do 1 Gps no ano passado, mas em condições bem mais propícias.
De toda forma, o experimento mostrou que a IAB pode servir como uma solução eficaz para melhorar a cobertura das ondas milimétricas. Essas frequências mais altas normalmente acabam preteridas pelas mais baixas — como a de 3,5 GHz em pauta nas discussões entre Anatel e operadoras no Brasil —, mas podem vir a ser uma alternativa especialmente onde a instalação de fibra não chega com facilidade.