Tesla começa testes de software de direção completamente autônoma

Ainda não há relatos sobre o desempenho do software entre os clientes da empresa; Elon Musk, no entanto, prometeu que ele será um 'salto quântico'
Rafael Rigues21/10/2020 14h33, atualizada em 21/10/2020 14h36

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O CEO da Tesla, Elon Musk, confirmou na noite desta terça-feira (20) que a empresa iniciou os testes com uma versão beta do software que permitirá a seus carros uma direção completamente autônoma (FSD, Full Self-Driving).

Anteriormente, Musk já havia afirmado que os testes seriam limitados e disponíveis apenas a um pequeno número de pessoas que são “motoristas experientes e cuidadosos”. Ainda não há detalhes sobre quais recursos estão disponíveis no software, ou seu desempenho no mundo real.

Em meados de agosto, Musk havia afirmado que a nova versão do software seria um “salto quântico” em relação à atual. “A melhoria do FSD será um salto quântico, porque é uma reescrita fundamental da arquitetura, não um ajuste incremental”, explicou Musk. “Eu pessoalmente dirijo a versão alfa mais recente em meu carro. Quase sem intervenções entre casa e trabalho. Lançamento público limitado em seis a dez semanas”, completou.

A versão atual do AutoPilot é capaz de mudar de faixa, negociar rotatórias, auxiliar em ultrapassagens e evitar obstáculos na pista, sejam pedestres ou outros carros, entre outros recursos avançados. Mas ela requer que o motorista mantenha atenção constante à pista, e as mãos sobre o volante quase que o tempo todo.

Sem supervisão humana

Uma versão completamente autônoma (FSD, Full Self-Driving) dispensaria a supervisão humana, livrando o motorista para ver um filme, conversar ao telefone ou até mesmo tirar uma soneca enquanto o carro o leva até o destino. Atualmente, poucas empresas dominam essa tecnologia. A Waymo, subsidiária da Alphabet e irmã do Google, é uma delas.

A Tesla cobra pelos recursos de autonomia em seus carros, que são oferecidos na forma de um upgrade de software. Entretanto, a empresa anunciou neste ano que pretende oferecê-los como um serviço por assinatura, eliminando uma barreira para adoção e aumentando o número de usuários.

Fonte: Electrek

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital