Tendências e destaques que moldam a economia de aplicativos no Brasil

Nos últimos dois anos, o Brasil emergiu como um dos principais países em crescimento em mobilidade na América Latina.
Redação05/11/2018 23h28, atualizada em 06/11/2018 10h30

20180622181402

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O mercado mobile em regiões como o Brasil e América Latina vem mudando de forma intensa e rápida. Há apenas três anos, enquanto em um nível global a indústria de tecnologia de mobile marketing já estava sedenta por mais e melhor desempenho, bem como por novas maneiras de aumentar suas receitas por meio de seus aplicativos, o Brasil ainda estava dando seus primeiros passos no mercado móvel.

Porém, em um curto espaço de tempo, mais precisamente nos últimos dois anos, o Brasil emergiu como um dos principais países em crescimento em mobilidade na região latino-americana. Tanto que o crescimento do mercado de dispositivos móveis tem se acentuado rapidamente, chegando inclusive a ultrapassar o poderoso mercado norte-americano em número de downloads na Google PlayStore, já no ano passado. Isso contribui por colocar a região no centro das atenções para os anunciantes que buscam aumentar seus esforços de UA em um novo mercado, assim como para os anunciantes que desejam expandir em novas regiões.

Alguns dos principais fatores que estimularam esse crescimento foram a melhora da conectividade, mudança no comportamento do consumidor, a ampliação do acesso à banda larga e ao universo digital, o fato dos dispositivos móveis estarem mais acessíveis, assim como o alcance ao cartão de crédito. E principalmente, porque as empresas passaram a enxergar o mundo de oportunidades que se abrem com os aplicativos, passando assim a dar mais foco nesta ferramenta. Exemplos disso no Brasil são os setores de varejo e o mercado financeiro, com destaque especial para o bancário.

Estudo feito pela Sources Emarketer mostra que a tendência da publicidade móvel veio para ficar e deve manter a curva de crescimento para os próximos três anos. De acordo com o documento, os gastos com mobile marketing no Brasil tinham uma taxa de 17,3% em 2015.  Foi subindo ano a ano e deve fechar 2018 com alta de 59,4%. A expectativa é de chegar em 2021 com crescimento de 78,4%.

Analisamos as três principais tendências para ajudar a entender melhor por que vale a pena considerar essa região para sua estratégia de aplicativos para dispositivos móveis.

1.       Crescimento no uso de dispositivos móveis

Até 2015, a infraestrutura móvel era uma das maiores barreiras ao crescimento. Não apenas os dispositivos eram caros, mas a cobertura da rede também era mínima. Com a ascensão de smartphones de preço moderado e mais acessíveis, tornou-se possível ter um ou mais aplicativos para se comunicar e socializar, ou para jogar, permitindo que uma parte da população ainda excluída da era digital se formasse.

Em 2015, 29,4% da população brasileira tinha smartphone. Esse número foi para 33,4% em 2016, subiu para 36,9% no ano passado e a perspectiva é de que alcance 44,2% em 2020.

2.       Aumento nos gastos com anúncios para celular

Com o crescimento do uso de dispositivos móveis e a melhoria da cobertura de rede, o 3G e o 4G agora são comuns no país. Isso ajudou o brasileiro a usar cada vez mais os pagamentos via internet, ficando assim confortável em pagar on-line no celular.

Falar, compartilhar, navegar, jogar, socializar, interagir e comprar em seus telefones tornou-se um hábito para os usuários brasileiros. E os anunciantes de aplicativos estão recebendo e compreendendo a mensagem. De acordo com o mais recente relatório da Emarketer, este ano, pela primeira vez, espera-se que a telefonia móvel represente mais da metade do mercado digital da América Latina, totalizando US $ 5,29 bilhões.

3.       Aumento da popularidade dos jogos para celular

De acordo com um relatório da Statista, a receita no segmento de jogos para celulares no Brasil deve chegar a US $ 307 milhões em 2018 e mostrar uma taxa de crescimento anual de 6%. Com cerca de 110 milhões de jogadores, a América Latina ocupa o quarto lugar no número de players móveis, atrás da China, Europa e América do Norte. Não surpreende, portanto, descobrir que os jogos para dispositivos móveis são uma das categorias de aplicativos mais populares para os usuários, abrindo uma infinidade de oportunidades também para os anunciantes.

O Brasil é um mercado realmente importante para as empresas de jogos devido ao tamanho da população de jogos e ao nível de engajamento dos jogadores brasileiros. Os brasileiros estão muito abertos para experimentar novos produtos e serviços relacionados à tecnologia, principalmente aqueles relacionados ao entretenimento. É por isso que os desenvolvedores de jogos para dispositivos móveis investem muito na personalização de seus produtos.

Fato é que nos últimos anos, as marcas tradicionais passaram cada vez mais a migrar para a plataforma de dispositivos móveis. Além disso, os profissionais de marketing descobriram como gerenciar os KPIs de aplicativos de negócios. E mais do que isso, perceberam que no celular eles têm mais métricas e ferramentas para alcançar seus públicos-alvo e convertê-los em clientes muito valiosos. Lembrando que a ideia principal e mais desafiadora é não apenas trazer este consumidor para seu app, mas retê-lo e incentivá-lo a usar de forma constante.

O estado atual do mercado móvel da América Latina mostra um crescimento ascendente e será interessante ver como o mercado evolui à medida que nos aproximamos do final do ano. Para os anunciantes móveis, os mercados mobile emergentes apresentam oportunidades interessantes, mas é importante dar os próximos passos na expansão desse mercado com cuidado. É crucial localizar os aplicativos levando em consideração diferenças culturais, idiomas, moedas e até mesmo a legislação estadual. Considere a grande e dinâmica população que compõe essa região e se jogue, seguindo adiante neste setor em expansão.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital