Países desenvolvidos ou em desenvolvimento, independentemente de vivenciarem crises ou não, estão em constante mudança em seus mercados, e isso tem a ver não só com a Revolução Industrial 4.0, mas com as tendências de negócios identificados com os desejos da sociedade. Em suma, dos consumidores, que todos somos, de bens e serviços públicos ou privados.

Para atender essas demandas transformadoras da sociedade será preciso reaprender, ter um novo modo de ensinar e aprender. No Brasil, já está em curso, e se acentuará ainda mais nos próximos anos, a introdução das competências socioemocionais na grade curricular de escolas públicas e particulares. Isso se dará através da implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que começa a entrar em vigor em 2019 e será obrigatória para todas as escolas em 2020.

O currículo que contempla competências socioemocionais deve introduzir aspectos como sociabilidade e tomada de decisões responsáveis, por exemplo. Proporcionar conhecimentos variados aos estudantes exigirá mudanças significativas nas práticas pedagógicas.

Olhando para o mercado de trabalho, sob a ótica da inovação, as competências socioemocionais podem beneficiar a evolução de nossos alunos em relação ao futuro, independentemente da área de atuação, de escolha da atividade profissional.

É fato que a tendência é promover equilíbrio entre o crescimento comercial e a economia social. Produtos e serviços deverão atender quesitos como sustentabilidade, transparência e experimentação. Portanto, será pela inteligência humana que vamos potencializar a criatividade e criar um elo entre a aprendizagem (em todos os níveis) com os desejos da sociedade, com desenvolvimento social, econômico e sustentável.

O emprego de diversificadas tecnologias, como inteligência artificial, robótica, internet das coisas, realidade virtual e realidade aumentada, entre outras, será parte de um arsenal inovador produzido e oferecido pelas empresas à serviço da sociedade. Na base de tudo isso, o currículo que promova competência socioemocionais, ética, aprendizagem emocional, tomadas de decisões responsáveis pode colaborar para economias mais estáveis. Mas sobretudo para a formação de cidadão mais comprometidos com o bem-estar e os desejos coletivos.