Se alguém falasse há dez anos que os celulares poderiam se tornar tão rápidos e potentes quanto os computadores, muita gente não acreditaria. Depois do anúncio do primeiro smartphone com 8 GB de memória RAM, até quem não acreditava na força dos dispositivos móveis pode estar se rendendo.
O Le 2S, da chinesa LeEco, deve chegar ao mercado oriental nos próximos meses e é equipado com 8 GB de memória RAM. Será a primeira vez que um smartphone conta com essa quantidade de memória que hoje é comum em diversos computadores. Os mais robustos e voltados para o público gamer que não quer economizar já contam com até 32 GB.
Mas não é apenas neste componente que os smartphones e os computadores podem ser comparados. Resolução da tela, capacidade de armazenamento, processador também rendem duelos interessantes.
No quesito armazenamento interno, a briga é interessante. Claro, os computadores ganham de lavada já que podem ser equipados com HDs com mais de 10 vezes mais espaço do que os cartões microSD compatíveis com os telefones.
Contudo, em uma era onde o armazenamento digital está cada vez mais em alta, esse ponto não parece ser digno de tanto destaque. Ainda mais se considerarmos que cada vez mais serviços estão apoiados na internet, tais Netflix e Spotify. Você conta com uma biblioteca gigantesca de filmes e músicas sem ocupar espaço do telefone.
E que tal comparamos a qualidade de imagens oferecida pelas telas dos aparelhos telefônicos? Atualmente, diversos modelos já oferecem resolução em Full HD com 1920 x 1080 pixels. Alguns, como o próprio Le 2S, trazem até mesmo tela curva. Ainda mais exagerado é o Xperia Z5, da Sony, que conta com resolução 4K em seu display de 5,5 polegadas.
Contudo, é preciso ponderar que os smartphones, pelo menos por enquanto, não são feitos para que os jogadores passem horas reproduzindo jogos de última geração. Eles são dispositivos móveis que buscam facilitar tarefas pessoais que podem muito bem serem feitas pelos computadores.
Os computadores ainda serão soberanos na tecnologia por alguns anos, mas nada impede que os smartphones tomem o lugar das máquinas de mesa em um futuro não tão distante. Vamos nos recordar que décadas atrás, muita coisa que hoje já faz parte do cotidiano estava apenas em nossos sonhos mais futuristas.