Técnica com nanofios pode ajudar a monitorar e combater o câncer

Desenvolvido por cientistas da Arábia Saudita, método ainda não foi testado em humanos
Redação20/05/2020 20h47, atualizada em 20/05/2020 21h01

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Uma equipe de cientistas da King Abdullah University of Science and Technology (KAUST), na Arábia Saudita, desenvolveu uma nova técnica que pode ajudar a monitorar e combater o câncer.

O método consiste em implantar nanofios de ferro em células vivas. O material pode ser identificado por meio de imagens de ressonância magnética, o que permitiria, segundo os pesquisadores, monitorar células do corpo, assim como conduzir ações e tratamentos em escala molecular voltados a células específicas.

Anteriormente, o grupo de estudiosos já havia demonstrado que o método poderia ser usado para matar células cancerígenas: os nanofios são capazes de introduzir drogas anticâncer nas células enquanto perfuram suas membranas com rajadas de calor.

Agora, em parceria com representantes do Centro de Investigación Cooperativa en Biomateriales CIC bioma, em San Sebastian, na Espanha, os pesquisadores aprimoraram a técnica. Além de exterminar as células cancerígenas, os nanofios também podem ser usados para classificá-las e monitorá-las.

“A classificação e o monitoramento de células se tornou uma ferramenta de valor inestimável para aplicações clínicas e científicas”, afirmou Aldo Martinez-Banderas, um doutorando que participa do projeto. De acordo com ele, os nanofios interagem com as células sem comprometer a sobrevivência, a funcionalidade ou a capacidade de reprodução das partículas.ReproduçãoAs células marcadas podem ser rastreadas em culturas celulares ou após serem injetadas em um animal vivo. Imagem: KAUST

Embora o método ainda não tenha sido testado em humanos, o projeto já conseguiu identificar células de câncer de mama em experimentos laboratoriais realizados com ratos.

Jürgen Kosel, o autor principal da pesquisa, acredita que essa capacidade de combinar o controle magnético dos nanofios e o rastreamento das células pode “abrir as portas para novas abordagens muito promissoras na medicina nuclear“.

Fonte: Futurism/Phys.org

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital