Joe Strandberg, um entusiasta de teclados e estudante da Universidade de Cornell, resolveu investir para trazer de volta um de seus produtos favoritos: o teclado Model F, da IBM. Ele está disponibilizando novas unidades do teclado em pré-venda por a partir de R$ 1.070.

Strandberg investiu mais de US$ 100 mil para fazer com que uma fábrica na China produzisse cópias idênticas do teclado clássico da IBM, que foi produzido de 1981 até 1994. As cópias, no entanto, são relativamente limitadas, e só será possível reservar os teclados até o fim de julho. Depois disso, o entusiasta diz que talvez mande produzir uma nova leva em cerca de um ano. Veja abaixo um vídeo do teclado:

Perfeição

Há um motivo pelo qual Strandberg resolveu botar a mão no bolso para trazer de volta esse teclado: ele é muito bom. Segundo o entusiasta, a tecnologia usada nas teclas dele “tem uma resposta de digitação delicada, mas incrivelmente tátil, que faz com que digitar seja puro prazer”. Eles também produzem um som bem característico que dá para ouvir no vídeo acima.

De fato, como aponta a PC Mag, é essa tecnologia de teclas que os teclados mecânicos de hoje em dia tentam imitar. Strandberg também promete que o dispositivo será extremamente durável: “Os materiais usados em sua produção (bem mais de dois quilos de aço e outros metais) significam que eles estarão funcionando tão bem quanto um modelo novo quando chegar a hora de passá-los aos seus netos”, diz.

Custa caro

Mesmo o preço de mais de R$ 1.000 pelo dispositivo não conseguiu desanimar potenciais compradores – segundo Strandberg, ele já vendeu mais de US$ 270 mil em unidades do novo Model F, o que dá quase três vezes o que ele investiu na fabricação.

Apesar de tratar-se de um preço elevado, ele faz sentindo: segundo o Popular Mechanics, quando o Model F foi lançado, ele era vendido por US$ 600 – o que, convertidos para valores atuais, equivale a cerca de US$ 1.700 (mais ou menos R$ 5.500). Para Strandberg, no entanto, mesmo esse preço fazia sentido.

“Isso é algo em que a IBM investiu milhões de dólares para desenvolver, o layout perfeito, a forma e a tecnologia perfeitas”, opina. “Se você é um escritor, um programador, alguém que trabalha em frente a um computador, você vai passar boa parte do seu dia lá, então por que não digitar no melhor?”, conclui.