A Enaire, autoridade de navegação aérea da Espanha, anunciou planos para começar a operar táxis aéreos em Barcelona e Santiago de Compostela em 2022.
“Precisamos levar a mobilidade urbana para a terceira dimensão: o espaço aéreo. Além disso, a mudança deve ser feita da maneira mais eficiente e sustentável possível”, declarou o diretor-geral da Enaire, Ángel Luis Arias, em uma conferência online nesta semana.
Arias revelou, ainda, que a Enaire trabalha em projetos europeus envolvendo o uso de táxis aéreos e outros veículos voadores para transportar pessoas em áreas urbanas e semiurbanas, bem como o uso de drones para entregar mercadorias.
Autoridade de navegação aérea da Espanha será responsável por controlar táxis aéreos. Imagem: Enaire/Reprodução
Táxis aéreos em testes
A Enaire está participando de dois projetos financiados pela União Europeia (UE) que pertencem ao Horizon 2020, o programa de pesquisa e inovação da UE que promete avanços, descobertas e novidades mundiais ao levar grandes ideias do laboratório para o mercado.
O primeiro projeto é liderado pela Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea e o segundo pela multinacional de tecnologia Everis.
De acordo com a Enaire, o plano é que os dois projetos possibilitem os táxis aéreos na Europa em 2022. A empresa administrará o voo dos primeiros táxis-aéreos da Espanha, que acontecerá primeiramente em Barcelona e Santiago de Compostela.
Os drones de transporte de passageiros foram pilotados com sucesso nos últimos anos por empresas como a chinesa Ehang e a startup alemã Volocopter.
Em julho do ano passado, a empresa de tecnologia espanhola Tecnalia revelou seu protótipo de táxi aéreo monopolar sem piloto. O táxi, projetado para transportar uma pessoa ou carga de até 150 kg, tem uma altura de cruzeiro entre 100 metros e 300 metros e pode percorrer distâncias de até 15 km em 15 minutos.
Quando os turistas e peregrinos da Espanha retornarem, eles poderão ter um novo meio de transporte e apreciar algumas das arquiteturas urbanas espanholas de outra perspectiva.
Fonte: The Guardian