Suspeito de hackear Moro diz que mensagens não foram editadas

Ele também atribui à ex-deputada Manuela D'Ávila a obtenção de contato de jornalista para divulgação das mensagens
Renato Santino27/07/2019 01h38

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Os suspeitos de hackearem o Telegram de membros da Operação Lava Jato presos pela Polícia Federal nesta semana ainda estão revelando detalhes sobre como o ataque se desenvolveu. Nesta sexta-feira, 26, “Vermelho”, como é identificado Wagner Delgatti Neto, de 30 anos, disse que as informações foram vazadas sem esperar qualquer tipo de compensação financeira.

Segundo ele, o repasse dos dados ao jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, se deu por intermediação de Manuela D’Ávila (PC do B), ex-deputada e candidata à vice-presidência na chapa de Fernando Haddad (PT). Ela havia sido procurada para o envio das informações, mas preferiu dar o contato do jornalista.

Manuela D’Ávila posteriormente confirmou o contato com “Vermelho”, sem saber a sua identidade até então, e a alegação de que havia passado a ele o contato de Greenwald. Ela também afirmou que seu próprio Telegram havia sido invadido e naquele mesmo dia alguém havia entrado em contato se passando por alguém de sua agenda com a promessa de entregar as informações obtidas pelo ataque.

“Vermelho” também afirmou que as informações obtidas não passaram por nenhum tipo de edição antes do repasse ao Intercept. Ele também diz que, inicialmente, o material estava sendo enviado pelo próprio Telegram, mas, devido ao volume, eles acabaram combinando a criação de uma conta no Dropbox para transferência dos arquivos.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital

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