Problemas de mobilidade se multiplicam conforme a idade avança, o que muitas vezes acaba forçando pessoas idosas a recorrer a andadores ou bengalas para conseguir caminhar. No entanto, um novo traje robótico pode se tornar uma solução para que mesmo os mais velhos possam andar sem depender deste tipo de equipamento que prejudica a qualidade de vida.

O projeto Superflex, da empresa SRI International, na verdade, é bem versátil. Eles desenvolvem vários tipos de trajes robóticos que variam em funcionalidade. Ou seja: a empresa procura mais do que apenas ajudar idosos, mas também aplicar sua tecnologia em outros trabalhos um pouco menos “humanitários”, como permitir que soldados carreguem grandes pesos sem precisar de tanta força.

O que é interessante é que o traje em questão não é rígido. O protótipo mais recente se assemelha, de fato, a uma roupa macia, que se ajusta a todo o corpo. Quando é necessário, ele oferece o suporte às pernas, braços, torso para dar uma força extra (no caso do soldado) ou corrigir os problemas corporais (no caso de uma pessoa idosa).

Para fazer isso, o Superflex usa uma gama de sensores que detectam os estilos de movimentos do usuário para tentar identificar padrões; quando ele percebe que algo não está normal, a máquina entra em ação para fazer as devidas correções. Assim, o traje não consome muita bateria, já que a energia só é realmente consumida quando a roupa robótica precisa fazer os ajustes, em vez de gastar energia com cada passo. Esta parte é importante, especialmente porque apesar de a robótica avançar a passos largos, a tecnologia de baterias ainda é bastante defasada.

A empresa explica que um andador, apesar de ser eficiente em relação a custos, “desempodera, remove a dignididade, retira a liberdade e causa uma série de problemas psicológicos” e que o “objetivo do Superflex é remover estas áreas que causam estas complicações psicológicas para redignificar o indivíduo”.

Apesar do Superflex não ter preço (ainda está em fase de protótipo, afinal de contas), já é possível adiantar que não será barato, pelo menos a princípio. Outros projetos de exoesqueletos robóticos já existem, como o Phoenix, que permite que pessoas paraplégicas consigam andar, com a contrapartida de que a máquina custa US$ 40 mil. Outros projetos mais similares aos da empresa também já existem, mas nenhum em um tamanho tão compacto, nem oferecendo o apoio no momento necessário ao aprender padrões de movimento do usuário.

Via MIT Technology Review