Nesta segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020, Steve Jobs completaria 65 anos. O co-fundador da Apple faleceu em 2011, aos 56 anos, vítima de um câncer no pâncreas.

Carismático nos palcos e irascível no dia-a-dia, Jobs foi fundamental na criação e desenvolvimento do mercado da computação pessoal, e ajudou a moldar o mundo como o conhecemos hoje.

O Apple II, por insistência de Jobs, foi um dos primeiros computadores voltados ao consumidor e era entregue “pronto para usar”, como um eletrodoméstico. Isso em 1977, uma época em que computadores vendidos em forma de “kit”, onde o próprio usuário tinha de montar as placas de circuito, eram comuns.

Com o Macintosh, Jobs popularizou o conceito de interface gráfica operada com um mouse, algo que antes só estava disponível em máquinas usadas em centros de pesquisa como o Xerox Parc, de onde obteve a idéia.

Depois de deixar a Apple em 1985 Jobs fundou a Next, empresa que desenvolvia software e hardware para o mercado acadêmico. O computador NeXT Cube, primeiro produto da empresa, foi usado por Tim Berners Lee para desenvolver o primeiro servidor web, que deu origem à “World Wide Web“, a internet como a conhecemos hoje. E seu sistema operacional, o NeXTSTEP, foi usado como base para a criação do Mac OS X e, por consequência, do iOS e iPad OS.

Ao voltar para a Apple, em 1997, resgatou uma empresa à beira da falência. Em 2001, com o lançamento do iPod, e 2003, com o lançamento da iTunes Store, revolucionou a indústria da música, aposentando o conceito de “álbuns” e colocando nas mãos dos consumidores o controle sobre o que queriam comprar e onde ouvir.

Em 2007 veio o iPhone, que mudou completamente o mercado de telefonia pessoal. Sua tela grande (para a época) e revolucionária interface operada por toque ajudaram a transformar os smartphones de um mal necessário em um objeto de desejo. E o iPad, de 2010, estendeu o conceito do iPhone com uma tela maior, e ao longo dos últimos 10 anos começou a erodir o domínio dos PCs sobre a computação pessoal.

Jobs foi diagnosticado com um câncer no pâncreas em 2003, e por nove meses tentou curas alternativas para a doença antes de se submeter a uma cirurgia em 2004. Em 2009 a doença retornou, e ele recebeu um transplante de fígado. Em 24 de agosto de 2011 passou o comando da Apple para Tim Cook, citando que “não era mais capaz de cumprir seus deveres” como CEO da empresa. Menos de dois meses depois ele faleceu em sua casa em Palo Alto, na Califórnia, cercado por sua família.