Uma startup que está desenvolvendo um novo tipo de etiqueta eletrônica, baseada no protocolo Bluetooth, acaba de receber um aporte de US$ 20 milhões da PepsiCo e do braço de investimentos da Verizon, uma operadora de telefonia norte-americana. No ano passado, outras gigantes como a Samsung e Amazon também investiram na empresa, chamada Wiliot.
Seu produto é uma etiqueta eletrônica extremamente barata, que pode ser afixada a roupas, carteiras ou encomendas e transformar estes objetos comuns em “objetos conectados”, cientes de seus arredores e capazes de comunicar informação a um leitor próximo, como um smartphone.
A etiqueta, do tamanho de um selo, é barata o suficiente para ser tratada como algo descartável e tem um processador ARM, antenas e sensores de pressão, temperatura e localização. Não há baterias: o processador é alimentado pela energia “grátis” vinda de sinais de rádio de redes Wi-Fi, Bluetooth e de telefonia celular nas proximidades.
A Wiliot afirma que está trabalhando em programas-piloto com 20 empresas de “porte mundial” e que já tem pedidos para centenas de milhares de etiquetas. Há inúmeros usos para a tecnologia, do rastreamento de encomendas e inventario à autenticação de produtos para combater falsificações.
Uma das parceiras da Wiliot estuda adicionar as etiquetas a roupas, para que possa saber quando as peças são escolhidas e realmente usadas pelos clientes. Assim, poderá saber em tempo real quais os itens mais populares no dia-a-dia.
Ciente de preocupações com a privacidade, a Wiliot afirma que todas as conexões entre os chips e um leitor são criptografadas, e que a coleta de dados só é feita após permissão do usuário.
“Nosso negócio depende de que as pessoas aceitem os benefícios reais de ter uma identidade digital associada a nossos produtos”, disse Steve Statler, vice-presidente sênior de marketing e desenvolvimento de negócios da Wiliot.
Fonte: TechXplore