Startup cria etiqueta que transforma até roupas em objetos conectados

Do tamanho de um selo e baseada em um processador ARM, etiqueta da Wiliot é barata o suficiente para ser tratada como descartável e dispensa bateria
Rafael Rigues20/02/2020 19h31, atualizada em 20/02/2020 19h37

20200220044222

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Uma startup que está desenvolvendo um novo tipo de etiqueta eletrônica, baseada no protocolo Bluetooth, acaba de receber um aporte de US$ 20 milhões da PepsiCo e do braço de investimentos da Verizon, uma operadora de telefonia norte-americana. No ano passado, outras gigantes como a Samsung e Amazon também investiram na empresa, chamada Wiliot.

Seu produto é uma etiqueta eletrônica extremamente barata, que pode ser afixada a roupas, carteiras ou encomendas e transformar estes objetos comuns em “objetos conectados”, cientes de seus arredores e capazes de comunicar informação a um leitor próximo, como um smartphone.

A etiqueta, do tamanho de um selo, é barata o suficiente para ser tratada como algo descartável e tem um processador ARM, antenas e sensores de pressão, temperatura e localização. Não há baterias: o processador é alimentado pela energia “grátis” vinda de sinais de rádio de redes Wi-Fi, Bluetooth e de telefonia celular nas proximidades.

A Wiliot afirma que está trabalhando em programas-piloto com 20 empresas de “porte mundial” e que já tem pedidos para centenas de milhares de etiquetas. Há inúmeros usos para a tecnologia, do rastreamento de encomendas e inventario à autenticação de produtos para combater falsificações.

Uma das parceiras da Wiliot estuda adicionar as etiquetas a roupas, para que possa saber quando as peças são escolhidas e realmente usadas pelos clientes. Assim, poderá saber em tempo real quais os itens mais populares no dia-a-dia.

Ciente de preocupações com a privacidade, a Wiliot afirma que todas as conexões entre os chips e um leitor são criptografadas, e que a coleta de dados só é feita após permissão do usuário.

“Nosso negócio depende de que as pessoas aceitem os benefícios reais de ter uma identidade digital associada a nossos produtos”, disse Steve Statler, vice-presidente sênior de marketing e desenvolvimento de negócios da Wiliot.

Fonte: TechXplore

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital